Um terremoto de magnitude 6,9 abalou o sul do Peru nesta sexta-feira (28), sacudindo prédios na capital, mas não foram registrados vítimas de imediato ou danos nas operações dos setores de mineração e petróleo, vitais para a economia do país. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) afirmou que o epicentro foi localizado a 50 quilômetros da cidade costeira de Ica, cerca de 300 quilômetros ao sul de Lima.
De acordo com boletins da rádio local, o terremoto causou a queda da energia elétrica em algumas partes de Ica e também problemas nas comunicações da telefonia celular. Muitos moradores de Ica permaneciam nas ruas e se recusavam a voltar para suas casas, disse a rádio RPP. Um morador da estância costeira de San Andrés, em Ica, contou que o mar tinha recuado alguns metros naquela região. As autoridades não emitiram um alerta de tsunami imediatamente. "Até o momento não foram registrados danos materiais nem pessoais", disse o chefe do Instituto de Defesa Civil, Alfredo Murgueytio. "Há pequenas alterações no mar, contudo a Direção de Hidrografia e Navegação não registra alerta de tsunami", acrescentou o funcionário. O Peru sofreu em 2007 um forte terremoto de magnitude 7,9 na cidade costeira de Pisco, vizinha de Ica, que deixou mais de 500 mortos e milhares de casas danificadas ou destruídas. O USGS afirmou que o terremoto teve uma profundidade de 23,9 quilômetros em Ica, sendo sentido fortemente na superfície da costa peruana. O terremoto não afetou as operações de petróleo ou de mineração, fundamentais para a economia do país sul-americano.
Um porta-voz da mineradora Southern Copper, uma das maiores minas de cobre do mundo, disse à Reuters que suas operações no Peru estavam "normais". A empresa de mineração, controlada pelo Grupo México, opera no sul do Peru as minas Toquepala e Cuajone e a refinaria de Ilo, longe do epicentro do terremoto. A mineradora Shougang Hierro Peru, uma subsidiária da chinesa Shougang, disse que nenhum dano foi registrado em sua mina perto do epicentro. "Não há nenhum dano nas operações e instalações", disse à Reuters o gerente-geral da Shougang Hierro Peru, Raúl Vera.
Enquanto isso, a Petrobras e a Vale informaram no Brasil que não haviam recebido até o momento nenhuma informação indicando que suas operações haviam sido afetadas pelo movimento sísmico.