Maputo (Reuters) – O terremoto mais forte a atingir o sul da África nos últimos cem anos matou duas pessoas no norte de Moçambique ontem. Os violentos tremores que se seguiram ao terremoto fizeram com que moradores da região abandonassem suas casas e fossem para as ruas. O abalo sísmico de 7,5 graus na escala Richter pôde ser sentido em Johanesburgo e em Durban, na África do Sul.

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Ian Saunders, do Conselho para Geociências da África do Sul, disse que o terremoto havia ocorrido no sistema de falhas da África Oriental. "Esse foi o maior terremoto a atingir o sistema de falhas desde 1906. É algo raro para a região do sul da África. Não víamos algo do tipo havia muito tempo", disse.

A ministra dos Recursos Minerais de Moçambique, Esperanza Bias, afirmou que uma pessoa foi morta e ao menos 18 ficaram feridas quando o abalo sísmico ocorreu. O epicentro dele foi localizado 160 quilômetros a sudoeste de Beira, uma cidade portuária do norte de Moçambique.

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A Rádio Moçambique informou que uma outra pessoa morreu, aparentemente em virtude de um ataque cardíaco, em um hospital local. O U.S. Geological Survey (USGS) registrou ao menos três grandes tremores de terra ocorridos durante a noite depois do terremoto.

A polícia de Beira negou os rumores de que um prédio tivesse ruído na cidade. Mas o grupo de ajuda Actionaid, da Grã-Bretanha, disse que ao menos 13 casas tinham caído. O presidente moçambicano, Armando Emilio Guebuza, realizou um pronunciamento de rádio e tevê pedindo calma e conclamando os moradores das áreas afetadas a regressar para suas casas. Guebuza afirmou que o governo ainda não tinha estimativas sobre os danos provocados. "É importante que mitiguemos os efeitos dele. Nosso objetivo principal é proteger vidas e as obras de infra-estrutura", disse o presidente.