Santiago Três pessoas morreram e outras sete estão desaparecidas por causa de um terremoto de 6,1 graus na escala Richter, que sacudiu a Patagônia chilena na tarde de sábado, provocando ondas gigantes, informou ontem a Agência Nacional de Emergências (Onemi). "No dia de hoje (ontem), as equipes de resgate encontraram três mortos", disse em Santiago o chefe de turno da Onemi, José Abumohor.
O funcionário disse que as três vítimas são Evaristo Contreras; sua esposa Elsa Poblete; e seu neto de dois anos, Genaro Linay Contreras. Integram as equipes de resgate efetivos da polícia, do Exército, da Marinha e da Força Aérea. Elas continuam os trabalhos de buscas dos sete desaparecidos, que sumiram em vários povoados ao redor do fiorde de Aysén, onde ocorreu o tremor, mais de 1.300 km ao sul de Santiago.
Segundo a imprensa, outras quatro pessoas estariam desaparecidas, mas a informação não foi confirmada pelas autoridades. A presidente Michelle Bachelet e o ministro do Interior Belisario Velasco chegaram ao meio dia de ontem a Aysén para supervisionar no campo as operações de resgate e dispor de medidas de emergência. "Colocaremos à disposição todas as medidas necessárias", disse em Santiago o porta-voz do governo, Ricardo Lagos Weber, acrescentando que as medidas serão informadas assim que a presidente termine sua visita e se reúne com as autoridades locais.
O terremoto foi registrado às 13h50 locais (12h50 de Brasília) de sábado no fiorde de Aysén, uma região que desde janeiro deste ano é sacudida regularmente por uma série de abalos sísmicos que teria origem no surgimento de um vulcão submarino, segundo especialistas. O terremoto de sábado foi o de maior intensidade desde que o fenômeno se iniciou, em 22 de janeiro. A sucessão de mais de uma centena de tremores mantém em alerta permanente a população da região, que teme um tsunami. A Onemi informou que as enormes ondas de até 6 metros, provocadas pelo sismo, não configuram uma tsunami.