Militantes do grupo radical EI, que domina partes de Síria e Iraque.| Foto: Reprodução

Extremistas no Iraque, no Afeganistão e na Nigéria levaram a um aumento significativo no número de ataques terroristas e mortes em decorrência de atentados entre 2013 e 2014, indica um relatório divulgado ontem pelo Departamento de Estado americano.

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O número de ataques subiu 35% em 2014 na comparação com o ano anterior, chegando a 13.463. Ao menos 32.727 pessoas morreram, um aumento de 81% no total de fatalidades, e cerca de 34 mil ficaram feridas. A maior parte dos ataques (3.370) e das mortes (9.929) em 2014 ocorreram no Iraque. Em 2013, 18.066 pessoas morreram.

Os ataques terroristas aconteceram em 95 países, segundo o relatório. Iraque, Paquistão, Afeganistão, Índia e Nigéria concentram 60% dos atentados.

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Vinte ataques foram particularmente letais, matando mais de 100 pessoas. Entre eles estão o perpetrado pelo Talibã paquistanês em dezembro contra uma escola em Peshawar, no Paquistão, no qual 150 pessoas morreram, e o ataque de junho feito pelo Estado Islâmico (EI) em uma prisão em Mossul, no Iraque. Quase 700 prisioneiros xiitas morreram, no atentado mais mortífero no mundo desde o 11 de Setembro de 2001, segundo o relatório.

Sequestros

O documento aponta ainda que o terrorismo em 2014 foi marcado por numerosos sequestros. Um total de 9.428 pessoas foram sequestradas ou feitas reféns por grupos criminosos em todo o mundo no ano passado, frente a 3.137 casos em 2013.

Na Nigéria, o número de reféns aumentou 1.358% em 2014, comparado ao ano anterior (de 89 para 1.298). A maior parte dos ataques ocorreu no estado de Borno. O principal grupo terrorista que atua no país africano é o Boko Haram, que jurou lealdade ao EI.

A ação de “lobos solitários” no Ocidente e a captura “sem precedentes de territórios” no Iraque e na Síria pelo EI em 2014, juntamente com a sua capacidade de recrutar combatentes estrangeiros para se unirem à sua causa, também foram destacadas no relatório.

Ao mesmo tempo, o Departamento de Estado afirma que os esforços regionais e internacionais para combater o EI e outros grupos estão começando a ter progressos.

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