Amã, Jordânia Um homem disparou tiros contra um grupo de turistas ocidentais ontem, em pleno centro de Amã, matando um deles, de nacionalidade britânica, e deixando seis feridos, dentre os quais um policial jordaniano. O agressor foi imediatamente detido.
O terrorista foi identificado como Nabil Ahmed Jaourah, de origem palestina, morador de Zarqa 30 quilômetros ao leste de Amã. Zarqa é a cidade natal do mais notório terrorista jordaniano, Abu Musab al-Zarqawi, morto em um ataque aéreo americano em junho, no Iraque. As razões dos disparos continuam sendo investigadas.
"Não se trata de uma ação organizada, mas de um ato isolado", disse o primeiro-ministro da Jordânia, Marouf al-Bakhit, com base em informações preliminares.
O atentado ocorreu no centro histórico de Amã, próximo ao Anfiteatro Romano, um dos lugares mais visitados pelos turistas. Imediatamente, policiais de elite fecharam o anfiteatro, rompendo com a habitual calma de uma das cidades mais tranqüilas do Oriente Médio.
Segundo as autoridades jordanianas, os turistas feridos são quatro mulheres duas britânicas, uma australiana e uma neozelandesa , um holandês e um policial jordaniano. Dois dos feridos tiveram que ser submetidos a intervenções cirúrgicas, enquanto os outros quatro têm ferimentos leves, disseram fontes do hospital público Al-Bashir, onde foram socorridos.
Esse é o segundo ataque terrorista ocorrido no país nos últimos dez meses. Em 9 de novembro, três suicidas de nacionalidade iraquiana atacaram hotéis de luxo em Amã e mataram sessenta pessoas, quase todas jordanianas. O atentado foi reivindicado pelo braço iraquiano da Al Qaeda, dirigido pelo jordaniano foragido Abu Musab al-Zarqawi.
Aliança
O regime jordaniano está na mira do extremismo islâmico por seu alinhamento quase incondicional com os Estados Unidos e por não ter rompido suas relações diplomáticas com Israel. Por ocasião dos recentes ataques de Israel contra o Líbano, a Jordânia ao lado do Egito e da Arábia Saudita criticou o movimento xiita libanês Hezbollah, por ter propiciado o início do conflito com a captura de dois soldados israelenses.
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