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Ataques recentes de grupos extremistas no condado de Mangu, no estado nigeriano de Plateau, resultaram na morte de ao menos 24 cristãos e no fechamento de 10 igrejas, incluindo uma comunidade que agora é usada como mesquita, informou um líder religioso local.
Ao todo, os episódios provocaram a expulsão de 500 membros de igrejas em uma dezena de aldeias espalhadas pela região. “Um dos locais de culto nas comunidades cristãs afetadas foi convertido em mesquita pelos Fulani - grupo extremista nômade - que ocuparam três comunidades”, disse o pastor Saleh ao portal Christian Daily International.
Ainda, o líder religioso contou que todas as casas de fiéis foram destruídas. “As ruínas da comunidade e das casas do membros foram ocupadas pelos extremistas que hoje usam o local para pastar o gado. A situação em Kantoma é horrível. Os cristãos que sobreviveram aos ataques não têm para onde voltar”, disse ele.
A Nigéria se mantém como o país mais mortal do mundo em relação a adeptos da fé cristã, com 4.118 mortes registradas no último ano por perseguição religiosa, segundo dados coletados entre 1º de Outubro de 2022 e 30 de Setembro de 2023 pela ONG Portas Abertas. O país também é conhecido como o que tem mais sequestros de cristãos no mundo, com 3.300 casos anuais.
A Nigéria foi também o terceiro país com maior número de ataques a igrejas e outros edifícios cristãos, como hospitais, escolas e cemitérios, com 750, segundo o relatório. Na Lista Mundial de Perseguição de 2024, foi apontado como o lugar mais difícil para seguir a fé cristã, sendo elencado em 6º lugar no ranking.
Numerados na casa dos milhões em toda a Nigéria e no Sahel, o grupo Fulani é predominantemente formado por muçulmanos, divididos em centenas de clãs de muitas linhagens diferentes que não têm opiniões extremistas, na maioria da vezes. No entanto, alguns aderem à ideologia islâmica radical, como o Grupo Parlamentar de Todos os Partidos do Reino Unido para a Liberdade Internacional ou Crença (APPG).
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