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Índia

Terroristas que atacaram Mumbai estariam sob efeito de drogas, diz jornal britânico

Azam aparece deitado com os olhos abertos e aparentemente drogado: único extremista sobrevivente | Mumbai Police / Reuters
Azam aparece deitado com os olhos abertos e aparentemente drogado: único extremista sobrevivente (Foto: Mumbai Police / Reuters)

Os extremistas responsáveis pela carnificina em Mumbai, na Índia, podem ter se dopado durante os três dias em que mantiveram centenas de reféns, informa o jornal britânico "Mirror". Fontes policiais afirmam que exames nos corpos dos terroristas acusaram vestígios de drogas estimulantes. O ataque em dez pontos diferentes da capital financeira deixou cerca de 200 mortos.

"Encontramos injeções largadas pelos radicais contendo restos de cocaína e LSD. Mais tarde, exames apontaram drogas no sangue deles ", disse uma fonte ao jornal britânico.

"Também havia restos de esteróides no sangue, o que é comum entre os terroristas. Esses homens eram musculosos, indicando que fizeram treinamento pesado antes dos ataques", completou a fonte. Para as autoridades, o uso das drogas explicaria a disposição que os homens tiveram durante as 50 horas de terror sem comer ou dormir.

Segundo o jornal, um dos atiradores pode ter injetado várias doses de estimulantes para conseguir se manter acordado depois de ter sido ferido. Nesta segunda-feira, agências de fotos divulgaram a chocante imagem do único extremista sobrevivente conectado a um aparelho de tratamento intensivo.

Azam Amir Kasav, de 21 anos, aparece deitado com os olhos abertos e aparentemente drogado. Não se sabe, no entanto, quando e onde a foto foi tirada. O terrorista estaria agora em um lugar seguro, porém desconhecido da imprensa.

As primeiras informações sobre o sobrevivente informavam que ele havia levado um tiro na mão após Abu Ismail e Kasav atirarem e jogarem granadas contra centenas de pessoas na estação de trem, um dos principais alvos do atentado. Mas uma TV indiana divulgou imagens do circuito interno, mostrando Kasav sendo linchado por uma multidão na quarta-feira à noite, em uma rua de Mumbai. Ao lado, Ismail era alvejado por policiais. De acordo com o "Mirror", Kasav pediu à equipe médica para salvá-lo, dizendo: "Não quero morrer".

O terrorista teria dito aos policiais que o ataque foi planejado minuciosamente há seis meses em um campo de treinamento do Paquistão. Segundo as autoridades, um grupo de 10 homens de cerca de 25 anos foi o responsável pela carnificina.

Segundo a rede de TV americana "CNN", os Estados Unidos teriam alertado o governo da Índia sobre um possível ataque por mar contra Mumbai pelo menos um mês antes dos atentados. Um oficial de contra-terrorismo que pediu para não ser identificado afirmou que dados da inteligência americana indicavam a possibilidade de um grupo entrar na cidade pela água e lançar os ataques. A área chegou a ser posta sob estado de alerta elevado durante uma semana, o que incluiu um aumento das medidas de segurança em hotéis, mas os esforços foram reduzidos em seguida, de acordo com autoridades indianas ouvidas pela emissora.

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