O departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (8) o congelamento dos bens de quatro empresas iranianas suspeitas de apoiar a proliferação de armas de destruição em massa.
As quatro empresas são Pars Tarash e Farayand Technique, dois grupos que trabalham por conta da Organização Iraniana de Energia Nuclear ou de suas filiais, assim como Fajr Industries Group e Mizan Machine Manufacturing Group, ambas acusadas de colaborar com a organização iraniana de indústrias aeroespaciais.
"Enquanto o Irã continuar desenvolvendo um programa nuclear, apesar dos apelos da comunidade internacional para que suspensa o enriquecimento de urânio, continuaremos sancionando os responsáveis", indicou Stuart Levey, subsecretário do Tesouro encarregado da luta contra o terrorismo.
Os Estados Unidos já haviam congelado os bens de outras empresas iranianas em 16 de fevereiro.
"Ninguém quer guerra"
O primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, disse em entrevista à rede Al Jazira que "ninguém deseja uma guerra contra o Irã", por sua contínua recusa a interromper seu programa nuclear.
"Não acho que ninguém queira realizar uma ação militar contra o Irã; o recente diálogo entre Irã e Estados Unidos é a melhor solução", disse Blair, em referência à reunião do dia 28 de maio, entre os embaixadores dos EUA e do Irã, em Bagdá. Este foi o primeiro contato direto entre ambos os países desde 1981.
O primeiro-ministro pediu ao país persa que respeite seus compromissos internacionais, como forma de diminuir a atual tensão que domina suas relações com o Ocidente.
"O Irã representa uma antiga civilização e tem um grande povo. Por isso, deveria respeitar suas obrigações internacionais", afirmou.
Blair pediu ao país que escute os pedidos internacionais pela interrupção do enriquecimento de urânio.
O Irã se nega a interromper este programa, pois assegura que tem "fins exclusivamente pacíficos".