O teste ergométrico em esteira rolante ou em bicicleta já vem sendo utilizado há muito tempo para avaliar o risco cardiológico dos pacientes. Em tempos de tecnologias que se atualizam muito rápido, esse teste, relativamente simples, vem perdendo espaço para exames mais sofisticados e mais caros.
Um trabalho realizado por cientistas da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, nos Estados Unidos, mostra que o teste ergométrico pode ser muito eficaz em detectar o risco da ocorrência de problemas cardíacos em mulheres. O trabalho mostra o acompanhamento por um tempo prolongado, em média por 20 anos, de mais de 2 mil mulheres americanas com idades variando entre 30 anos a 80 anos, sem doenças cardíacas no início do estudo.
A base do teste ergométrico é submeter um paciente a um esforço controlado e acompanhar as mudanças de freqüência cardíaca, pressão arterial e eventuais alterações do eletrocardiograma, que é registrado continuamente durante o exame.
Resultados
O resultado dos testes ergométricos mostrou que a incidência de doenças cardíacas nas mulheres se correlacionava com resultados alterados. Mais do que alterações eletrocardiográficas, parâmetros simples como capacidade aeróbica e o retorno do ritmo cardíaco ao normal após o esforço, sinais de condicionamento físico, podiam prever quais mulheres tem um risco aumentado de sofrer problemas nas artérias do coração.
Aquelas com resultados ruins no aspecto do condicionamento físico nos testes tinham até 13 vezes mais chance de sofrer do coração do que as que se mostraram condicionadas. A relação estatística era tão forte que, quanto menos condicionadas fisicamente, maior o risco.
Essa é mais uma razão para que todas as mulheres não percam tempo e comecem já a praticar exercícios e se condicionar do ponto de vista cardiovascular.
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