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Os exames do capitão do navio de cruzeiro que encalhou no mês passado na costa italiana apresentaram resultado negativo para uso de drogas e álcool, segundo declarações de seus advogados e de uma associação de consumidores.

Entretanto, a associação de consumidores que representa os passageiros diz que os resultados não são confiáveis.

Francesco Schettino foi testado quando foi detido sob múltiplas acusações de homicídio culposo, depois de conduzir o navio Costa Concórdia, de 114 mil toneladas em direção às rochas, perto da Ilha de Giglio no dia 13 de janeiro, causando um desastre que matou pelo menos 17 pessoas.

Os resultados mostraram que Schettino não havia consumido nem álcool, nem drogas, de acordo com detalhes dos exames divulgados pela associação de consumidores Codacons, que apresentou uma ação popular contra os donos do navio.

A Codacons, cujos especialistas estavam presentes na hora dos exames, disse que os resultados não são confiáveis, já que eles também não mostraram a presença dos tranquilizantes que o próprio Schettino disse que estava tomando, antes do acidente.

Os exames também mostraram a inexplicável presença de uma quantidade mínima de cocaína no cabelo de Schettino.

Entretanto, eles não encontraram nenhum sinal dos componentes da cocaína dentro dos folículos pilosos de Schettino - que são os componentes que normalmente aparecem dentro do cabelo de alguém que, de fato, usou cocaína.

Bruno Leporatti, advogado de Schettino, criticou a Codacons por fazer comentários sobre os exames que ainda não haviam sido divulgados, mas disse que o resultado científico é indiscutível.

"Os resultados dos exames foram negativos, tanto em relação ao uso de drogas, quanto ao uso de álcool", ele disse.

O cientista encarregado dos exames, Marcello Chiarotti, disse à Agência de Notícias italiana Ansa que os exames apresentaram resultados claros e exatos, e que ele os entregaria aos promotores.

Questionado sobre a presença de traços de cocaína, ele disse que tinha acontecido um "problema insignificante que não prejudicaria em absoluto os resultados da análise."

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