O ex-líder palestino Yasser Arafat morreu de causas naturais, sem qualquer envenenamento radioativo, disse nesta quinta-feira o chefe do instituto legista russo que examinou amostras retiradas do corpo dele, de acordo com a agência de notícias Interfax.
A descoberta russa está em linha com o que cientistas franceses disseram este mês sobre Arafat, que morreu em 2004.
"Yasser Arafat não morreu por efeitos de radiação, mas de causas naturais", disse Vladimir Uiba, chefe da Agência Federal Médico-Biológica, segundo a Interfax.
Arafat, que assinou em 1993 o acordo de paz provisório com Israel mas depois liderou uma revolta em 2000, morreu aos 75 anos em um hospital francês quatro meses após adoecer em seu complexo em Ramallah, que estava cercado por tanques israelenses.
A causa oficial da morte foi um derrame, mas médicos franceses disseram à época que não puderam determinar a origem da doença. Não foi realizada autópsia.
Legistas suíços disseram no mês passado que testes realizados em amostras do corpo de Arafat eram consistentes com envenenamento por polônio, mas não tinham provas absolutas sobre a causa da morte.
Amostras do corpo de Arafat foram retiradas em novembro de 2012 por especialistas de Suíça, França e Rússia, depois que um documentário da emissora Al Jazeera apontou que as roupas do ex-líder palestino apresentavam altos índices de polônio.