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O procurador-geral do Texas, Ken Paxton, entrou com uma ação judicial nesta terça-feira (22) contra o governo de Joe Biden, do Partido Democrata, acusando-o de não cooperar adequadamente para ajudar o estado a verificar a cidadania de eleitores registrados.
A ação foi apresentada em um tribunal distrital em Pecos, no Texas, e é parte de uma série de acusações feitas por outros estados republicanos, como Flórida e Alabama, sobre eleitores estrangeiros registrados para votar nas eleições presidenciais dos EUA, marcadas para ocorrer no dia 5 de novembro.
Uma lei federal proíbe cidadãos estrangeiros de votar nos Estados Unidos, impondo penas de até um ano de prisão para aqueles que violarem essa legislação.
Paxton afirma que o Departamento de Segurança Interna (DHS) do governo Biden não forneceu suporte adequado para ajudar o Texas na verificação da cidadania de aproximadamente 450 mil pessoas registradas para votar no estado, que possui mais de 18,4 milhões de eleitores registrados. O Texas é governado por Greg Abbott, do Partido Republicano.
“Em 7 de outubro, o procurador-geral Paxton enviou uma carta exigindo que o governo federal cumprisse suas obrigações legais de verificar o status de cidadania de pessoas que podem estar ilegalmente registradas para votar no Texas até 19 de outubro. Anexada à carta estava uma lista de aproximadamente 450.000 eleitores cujo status de cidadania nunca foi verificado, pois se registraram sem uma carteira de motorista ou documento de identidade emitido pelo Estado do Texas. A lei federal exige que o governo federal forneça essas informações, e a carta do procurador-geral Paxton formalmente ativou essas obrigações. Embora a maioria dos eleitores na lista provavelmente sejam cidadãos elegíveis para votar, os texanos não têm como saber se algum desses eleitores é um não-cidadão inelegível sem informações adicionais”, cita uma nota divulgada pela procuradoria do Texas. “[...] A administração Biden-Harris se recusou a cumprir a lei e não forneceu ao Texas as informações necessárias para garantir a integridade das eleições no estado”, acrescenta o texto.
O ex-presidente e atual candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, bem como outros líderes do partido espalhados por vários estados têm acusado os democratas de estarem incentivando imigrantes a votarem ilegalmente nos EUA. Essa acusação vem ganhando mais visibilidade nas redes sociais, especialmente pela na X, de propriedade de Elon Musk, que tem apoiado financeiramente a campanha republicana e criticado a crise na fronteira sul dos EUA.