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Cartaz em Copenhague pede o fim do aquecimento e redução da poluição | Adrian Dennis/AFP
Cartaz em Copenhague pede o fim do aquecimento e redução da poluição| Foto: Adrian Dennis/AFP
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As emissões de gases causadores do efeito estufa devem ser cortadas em até 95% até 2050, tendo como base 1990, segundo um rascunho do acordo da conferência da ONU sobre mudanças climáticas, que ocorre em Co­­pe­­nhague. A meta mínima para esse corte é de 50%, e outra meta possível é um corte de 85%, afirma o texto em discussão.

O rascunho afirma que a temperatura da Terra não deve au­­mentar mais que 1,5º ou 2º Cel­­sius, comparando-se com o pe­­ríodo anterior à Era Industrial. Os países ricos devem se comprometer com metas com força de lei para cortar suas emissões de ga­­ses causadores do efeito estufa. Já as nações em desenvolvimento devem tomar ações para limitar o aumento de suas emissões, sustenta o rascunho.

A meta internacional de reduzir as emissões de CO2 para conter a mudança climática "deve estar baseada no melhor conhecimento científico disponível e apoiada em metas de médio prazo para redução de emissões, levando em conta responsabilidades históricas", afirma o texto. O rascunho é a primeira tentativa oficial de se trabalhar por um acordo final para o combate ao aquecimento global no encontro, na primeira das duas semanas de duração da conferência.

Os países desenvolvidos de­­vem fornecer tecnologia e recursos para auxiliar os em desenvolvimento na luta contra a mudança climática, nota o texto. Além disso, as nações industrializadas devem cortar suas emissões em pelo menos 25% até 2020, comparando-se com os níveis de 1990, com a possibilidade de um corte "na ordem de 30%", ou mesmo maior.

Os países em desenvolvimento – uma definição que normalmente inclui importantes economias em desenvolvimento, como China, Índia e Brasil – não terão metas específicas com força de lei, mas "devem tomar ações au­­tônomas" para enfrentar o problema. Isso poderia implicar uma redução nas emissões nesses países da ordem de 15% a 30% até 2020, segundo essa versão.

"Em muitos sentidos, o texto representa um passo construtivo. No entanto, os Estados Uni­­dos não consideram a ideia de atenuá-lo como base para a ne­­gociação’’, afirmou Todd Stern, enviado especial do presidente Barack Obama para mudanças climáticas.

Segundo Stern, quase todo o crescimento das emissões veio dos países em desenvolvimento. "Você não pode falar em manter o aquecimento em menos de 2ºC sem ter as grandes economias em desenvolvimento falando isso’’, prosseguiu.

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