A candidata democrata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, em comício em Chandler, no Arizona, na semana passada| Foto: EFE/EPA/MOLLY PETERS
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A revista britânica The Economist anunciou nesta quinta-feira (31) seu apoio à candidata do Partido Democrata, Kamala Harris, atual vice-presidente dos Estados Unidos, na corrida presidencial de 2024. Em um editorial publicado em seu site, a revista fez críticas ao candidato pelo Partido Republicano, Donald Trump, considerando a possibilidade de um segundo mandato dele como um “risco inaceitável” para os EUA.

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“Se a Economist tivesse um voto, ele seria para Kamala Harris”, abre o texto.

A The Economist destaca que Trump representa um "risco crescente" devido a mudanças no cenário mundial e ao que classificou como “radicalização de suas políticas e aliados”. A revista, tradicionalmente voltada a um público econômico e empresarial, alerta que um novo governo Trump poderia "colocar em risco" tanto a estabilidade interna quanto as relações externas dos Estados Unidos.

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“Ao fazer de Trump o líder do mundo livre, os americanos estariam apostando com a economia, o Estado de direito e a paz internacional”, assinala o texto.

Na análise da revista, embora Trump tenha impulsionado a economia norte-americana com cortes de impostos e desregulamentação durante seu primeiro mandato (2017-2021), e contribuído para acordos como os Acordos de Abraão no Oriente Médio, seu retorno à presidência desta vez carrega novos perigos.

“Em 2016, a plataforma republicana ainda estava dividida entre o partido de Mitt Romney [republicanos mais tradicionais] e os apoiadores de Trump”, afirma o editorial. Agora, cita a Economist, a visão de Trump sobre a política externa e sua “postura contra alianças internacionais”, incluindo a OTAN, se tornaram “centrais para o partido”, o que a publicação enxerga como uma “ameaça à segurança global”.

“A versão atual [de Trump] é mais extrema”, diz a revista.

A The Economist também cita as propostas econômicas de Trump como fonte de preocupação. Segundo a revista, suas políticas tarifárias e promessa de deportações em massa poderiam trazer “inflação e instabilidade ao mercado interno”, além de comprometer a “confiança dos investidores internacionais”. O texto alerta ainda para o risco de Trump “inflamar uma guerra comercial”, ampliando o “déficit e enfraquecendo a base da prosperidade americana”.

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Em contraste, a revista considera Kamala Harris uma alternativa “mais segura”, mesmo reconhecendo limitações em sua candidatura. Para a publicação, Harris “não é uma candidata extraordinária,” mas sua postura sugere um governo sem os “riscos” associados a Trump.

“É verdade que ela é uma política tradicional pouco inspiradora. Ela tem tido dificuldade em dizer aos eleitores o que pretende fazer com o poder. Ela parece indecisa e insegura. No entanto, abandonou as ideias mais à esquerda dos democratas e faz campanha próxima ao centro, acompanhada de Liz Cheney e outros ex-republicanos”, cita o texto.

Além da Economist, a candidata democrata também já recebeu o apoio de outros veículos, como o The New York Times e a revista The New Yorker.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]