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Logo do WSJ em destaque na foto ilustrativa.| Foto: Big Stock

O maior jornal americano, The Wall Street Journal, publicou um artigo nesta segunda-feira (24) observando os movimentos da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e as decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em relação a notícias que fazem crítica ao candidato. O texto intitulado "Esquerda brasileira tenta amordaçar discurso político" (Brazil’s Left Tries to Gag Political Speech) foi escrito por Mary Anastasia O'Grady, membro do conselho do periódico.

"A Constituição do Brasil proíbe a censura, e a repressão descarada do tribunal à liberdade de expressão alarmou a nação. Mas o juiz (Alexandre) de Moraes, que também é presidente do STF, não dá sinais de recuar", pontua a autora.

O'Grady resume o cenário político do Brasil e descreve que os eleitores de Lula se concentram, especialmente, entre os mais pobres, a elite, os progressistas e ambientalistas. Ela também destaca que, por outro lado, políticos populares de centro-direita, como Romeu Zema, governador do Partido Novo no estado de Minas Gerais, e Tarcísio de Freitas, candidato do Partido Republicano no segundo turno ao governo de São Paulo, estão em campanha por Jair Bolsonaro. A colunista lembra que o presidente também costuma reunir os votos das classes trabalhadora e média, empreendedores iniciantes, demais empresários, conservadores sociais, proprietários de terras e agroindústria, além do público que rejeita Lula pelo histórico de corrupção.

"O ex-presidente (Lula) é particularmente sensível sobre sua condenação por corrupção em 2017. Ela foi derrubada por um detalhe técnico em 2021 e ele foi libertado. Mas quando os brasileiros são lembrados do que o mandou para a prisão, eles relembram os enormes escândalos de corrupção que surgiram durante os 14 anos – 2003-2016 – em que seu Partido dos Trabalhadores ocupou a presidência. Lula recorreu ao juiz de Moraes para pedir ajuda", explica a jornalista americana.

O'Grady alerta que o TSE " no entanto, não tem autoridade para aprovar ou desaprovar a opinião pública". Depois de descrever os tipos de represália a veículos e pessoas que publicaram matérias que fazem crítica ao ex-presidente e candidato, a colunista finaliza dizendo que "isso nos faz pensar como será o Brasil se Lula vencer".

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