Tibetanos velaram nesta terça-feira os mortos de um terremoto que matou quase 800 pessoas numa região remota do oeste chinês, enquanto equipes de resgate encontraram um grupo de sobreviventes. Os milhares de desabrigados reclamam da demora na ajuda.
O número total de mortos do tremor que devastou a maior parte da cidade de Gyegu subiu para 791, apesar de alguns residentes duvidarem desse número, afirmando que muitas outras pessoas mortas ainda não foram contabilizadas. Estimativas de ONGs colocam o total de mortos perto de 1.000.
Sobreviventes do tremor de quarta-feira passaram mais uma noite acampados em barracas em locais abertos, enquanto os médicos tentavam prestar socorro aos milhares de feridos em um centro médico improvisado.
Numa área tibetana perto de Gyegu, a polícia dispersou uma confusão provocada por vítimas que esperavam a entrega de barracas.
Cuona Laji, uma senhora de 67 anos considerada pelos moradores uma anciã do vilarejo, disse que na opinião do povo as pessoas que tinham alguma influência política estavam sendo beneficiadas na entrega das barracas e outros itens de ajuda humanitária.
"Precisamos de comida, combustível, barracas e água, e não temos o bastante ainda", disse ela à Reuters. "Quando as pessoas estão tão desesperadas, elas ficam especialmente nervosas se as coisas não são repartidas de forma justa."
Centenas, se não milhares, de monges budistas tibetanos se juntaram às equipes de resgate para ajudar os soldados no distante e gélido condado de Yushu.
O terremoto teve seu epicentro nas montanhas que dividem a província de Qinghai, no sudoeste da China, da Região Autônoma do Tibete. Terremotos são comuns no planalto tibetano, mas normalmente causam poucas vítimas porque há poucos moradores na região.
Falando a moradores de Gyegu na quinta-feira, o premiê Wen Jiabao subiu sobre uma montanha de escombros e prometeu manter os esforços para encontrar sobreviventes.
Apesar do intenso frio e da elevada altitude, que diminuem as chances de se encontrar pessoas vivas, as equipes de resgate conseguiram localizar um pequeno grupo de pessoas, incluindo uma menina de 13 anos que estava sob os escombros de um hotel.
Ao menos 294 pessoas ainda estão desaparecidas, e 1.1176 estão "seriamente machucadas".
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