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A TikTok coletou dados de usuários de milhões de smartphones usando uma tática proibida pelo Google e sem notificar os usuários por mais de um ano antes que a rede social chinesa encerrasse a prática no ano passado.
A TikTok rastreou os endereços MAC (controle de acesso à mídia) exclusivos de Androids, que costumam ser usados para fins publicitários, e ocultou sua atividade com uma camada extra de criptografia, de acordo com uma análise do Wall Street Journal. A coleta de dados não foi divulgada aos usuários e parece desrespeitar as políticas de privacidade do Google.
O aplicativo de compartilhamento de vídeo persistiu na coleta de identificadores exclusivos de usuário por pelo menos 15 meses antes de interromper a tática em novembro, em meio a um novo escrutínio pelos EUA sobre os problemas de segurança do aplicativo.
“A versão atual do [aplicativo] TikTok não coleta endereços MAC”, disse a empresa em um comunicado ao WSJ.
A proprietária chinesa da TikTok, ByteDance, está atualmente sob pressão de Washington para vender a TikTok e não entrar na "lista negra" das empresas estrangeiras banidas dos Estados Unidos.
A Microsoft está em negociações para adquirir as operações da plataforma de compartilhamento de vídeo nos EUA. O senador Josh Hawley exigiu na quarta-feira (12) que a Microsoft garantisse que a TikTok cortasse todos os laços com o Partido Comunista Chinês como um pré-requisito para qualquer aquisição potencial da plataforma de mídia social.
O republicano do Missouri argumentou que, se a TikTok puder preservar os laços com sua empresa-mãe ou com o governo chinês, as vulnerabilidades do aplicativo podem permitir que o Partido Comunista Chinês colete os dados dos americanos.
Na semana passada, o projeto de lei de Hawley, que proíbe a instalação do aplicativo de compartilhamento de vídeos em aparelhos do governo, foi aprovado no Senado.
O presidente Trump disse na semana passada que a TikTok tem até 15 de setembro para encontrar um comprador americano para o aplicativo e, se não conseguirem, ele afirmou que vai banir o aplicativo nos EUA.
© 2020 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês.