Os timorenses do leste votaram neste sábado nas eleições legislativas de forma pacífica. A segurança na capital foi discreta, com pequenos grupos de policiais da ONU usando boinas azuis nos postos eleitorais.

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A votação terminou às 16h (4h no horário de Brasília) após cidadãos da ex-colônia portuguesa enfrentarem filas desde o início da manhã, sob sol forte, para a terceira eleição em três meses, após a eleição para presidente, que teve segundo turno.

Quatorze partidos disputam a eleição, vista amplamente como um confronto entre o partido Fretilin, do governo, e o CNRT, criado por Xanana Gusmão.

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O órgão organizador da eleição declarou que as primeiras estimativas indicam um comparecimento menor do que nas primeiras eleições do ano.

Após servir como o primeiro presidente do país, Gusmão -um carismático herói da resistência a décadas de ocupação indonésia que se seguiram à retirada de Portugal em 1975- agora quer o posto mais ativo de primeiro-ministro.

"Não me importa qual partido será eleito, mas espero que um dos 14 forme um bom governo e um parlamento nacional para defender nossos interesses criando empregos e fazendo leis que terminem com a crise", disse João Pinto, 35, no posto de votação na capital logo após dar seu voto.

O partido Fretilin, que está no governo, afastou 600 soldados rebeldes, dando início à onda de violência em maio passado que matou 37 pessoas e expulsou 150 mil de suas casas.

Tropas internacionais, sendo o maior contingente australiano, foram ao país para restaurar a ordem, mas ainda há casos esporádicos de violência.

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"Em todo o país a votação terminou e estou feliz em dizer que até agora tudo correu tranquilamente e não houve grandes incidentes relacionados à segurança", disse Allison Cooper, porta-voz da ONU.

No entanto, foram registrados alguns problemas, incluindo um ataque a um posto eleitoral em Viqueque, e uma pessoa presa em Ermera por carregar flechas. Mari Alkatiri, secretário-geral do Fretilin, disse após votar que está confiante na vitória de seu partido e vai pedir que todos os timorenses do leste aceitem o resultado.

"O Fretilin vai formar um governo de inclusão, veremos as necessidades do povo e restauraremos a segurança", disse Alkatiri, que deixou o cargo de primeiro-ministra após os tumultos do ano passado.

Cerca de 500 observadores internacionais monitoraram as eleições do sábado.