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Pessoas com tipo sanguíneo A podem ser mais muito mais vulneráveis ao novo coronavírus (Sars-Cov-2), enquanto as que têm o tipo O são mais resistentes, revelou um estudo preliminar conduzido por cientistas chineses que analisaram o sangue de mais de 2 mil pacientes com a Covid-19.
Comparando com os padrões de tipos sanguíneos de pessoas saudáveis na mesma população - o estudo foi feito em Wuhan e Shenzhen - os pesquisadores chegaram à conclusão que os pacientes com coronavírus de tipo sanguíneo A mostraram uma taxa de infecção maior e tenderam a desenvolver mais sintomas severos.
Segundo os pesquisadores, 32% dos moradores de Wuhan têm sangue tipo A e 34% têm sangue tipo O. Mas dos 206 pacientes que morreram em decorrência da Covid-19 em Wuhan, e cujo sangue foi analisado na pesquisa, 85 tinham sangue tipo A, o que representa 63% a mais do que as mortes das pessoas com tipo O.
O estudo ainda é preliminar e com base em poucos casos, mas os cientistas pediram aos governos que considerem a diferença de tipos sanguíneos ao estipular respostas ao surto de coronavírus.
"Pode ser útil introduzir a tipagem sanguínea ABO nos pacientes e na equipe médica como parte rotineira do gerenciamento de Sars-CoV-2 e outras infecções por coronavírus para ajudar a definir as opções de gerenciamento e avaliar os níveis de exposição ao risco das pessoas", diz o artigo ainda não revisado.
A diferença entre tipos sanguíneos foi observada em outras doenças infecciosas, como a hepatite B e síndrome respiratória aguda grave (Sars), de acordo com estudos anteriores. Mas, apesar da descoberta, os cientistas ainda não conseguiram explicar por que isso acontece.