1 de 6
Corpos das vítimas foram isolados pela polícia de Nova York para as investigações do tiroteio
2 de 6
O local foi isolado para evitar a concentração de curiosos
3 de 6
O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, deu uma entrevista coletiva na 5ª Avenida, próximo ao local onde ocorreu o tiroteio
4 de 6
Um tapume azul foi utilizado para evitar registros dos corpos das vítimas do tiroteio
5 de 6
O corpo de um dos mortos no incidente é retirado por policiais de Nova York
6 de 6
Um carro supostamente envolvido no tiroteio é inspecionado por um policial da cidade
Um homem matou a tiros um ex-colega de trabalho nesta sexta-feira perto do edifício Empire State e, em seguida, foi morto pela polícia num tiroteio que também feriu nove pedestres, criando caos e perplexidade entre moradores e turistas num dos mais conhecidos marcos de Nova York.
Os feridos, provavelmente vítimas das balas disparadas por policiais, não correm risco de morrer, segundo autoridades policiais. Durante o dia, a polícia informou que 10 pessoas foram vítimas do incidente, alterando o número para 11 mais tarde.
Autoridades disseram que Jeffrey Johnson, de 58 anos, designer de acessórios de moda, estava perturbado depois de ser demitido há um ano da Hazan Imports, localizada perto do Empire State. Logo depois das 9h (10h em Brasília), ele deu três tiros em um colega, à queima-roupa, com uma pistola calibre 45, segundo investigadores.
Quando dois policiais o abordaram na calçada em frente ao prédio de 102 andares, Johnson começou a atirar, e foi morto no revide dos agentes, de acordo com o comissário Raymond Kelly. Ainda não se sabe se os demais feridos foram atingidos por disparos do suspeito ou da polícia, segundo o prefeito Michael Bloomberg.
O incidente causou comoção nessa parte movimentada de Manhattan, bem no auge da temporada turística. "Vi uma amiga caída no chão. Ela estava em choque", disse Christopher Collins, que a acompanhou na ambulância. O mensageiro James Bolden, de 31 anos, disse ter visto "um cara caído (na calçada), sangrando pelo pescoço e mal respirando. Todo mundo estava aglomerado em volta dele, fazendo fotos e vídeos, e os caras da segurança gritavam para todo mundo se afastar".
Uma mulher disse ter visto uma moça baleada no pé, e outra sendo levada de ambulância. "Eu estava descendo a (rua) 33 e havia um cara morto. Só vi as poças de sangue", disse Justin Kellis, que trabalha perto dali.
Incidentes
Este foi o terceiro incidente grave com armas de fogo nos EUA em menos de dois meses. Em julho, 12 pessoas foram mortas em um cinema do Colorado, e semanas depois seis morreram no ataque a um templo sikh em Washington, em casos que reabrem o debate sobre o controle de armas no país.
O caso desta sexta-feira foi diferente dos anteriores, já que Johnson parecia ter a intenção de matar uma pessoa específica. "Não estamos imunes ao problema nacional da violência com armas", disse Bloomberg, que defende o controle de armas e fundou o grupo Prefeitos Contra as Armas Ilegais.
Bloomberg costuma se gabar do fato de Nova York ser a metrópole mais segura dos EUA. Em 2012, a cidade deve novamente registrar o menor índice de homicídios da sua história. O tiroteio desta sexta-feira ocorreu numa zona movimentada, perto de importantes terminais de transportes. O Empire State foi o edifício mais alto do mundo durante 40 anos, entre sua construção, em 1931, e a inauguração do World Trade Center, em 1971.
Depois dos atentados que derrubaram o WTC, em 2001, o Empire State voltou a ser o prédio mais alto da cidade, mas recentemente foi superado por um dos arranha-céus que estão sendo erguidos no local das antigas torres gêmeas.Confira mais fotos do tiroteio