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Vários bairros de Bangui, capital da República Centro-Africana (RCA) viveram tiroteios nesta quarta-feira, principalmente perto do aeroporto e do centro de refugiados Don Bosco, informou a imprensa francesa.

Segundo a edição digital do jornal "Le Monde", a capital centro-africana foi palco de disparos de armas automáticas e de explosões em vários pontos da cidade, como os bairros de Gobongo e Galabadja.

O aparente aumento da violência coincide com o anúncio de que o contingente de soldados do Chade na missão africana Misca será enviado para o norte do país, acrescentou a mesma fonte.

Os 850 soldados chadianos, ao todo 4 mil, foram acusados recentemente de vários crimes, entre eles de colaborar com os ex-rebeldes do grupo Seleka, que derrubaram com um golpe de Estado ao presidente François Bozizé em 24 de março.

Na segunda-feira passada, soldados chadianos da Misca abriram fogo contra uma manifestação em Bangui, matando uma pessoa, segundo informou a Cruz Vermelha do país.

Os manifestantes, de religião cristã, haviam se reunido na entrada do aeroporto da capital da República Centro-Africana para pedir a renúncia do presidente do país, Michel Djotodia, e a saída dos militares chadianos.

O Chade é o primeiro aliado da França na tentativa de Paris de devolver a segurança e a paz à República Centro-Africana, país ao qual foram enviados 1.600 militares franceses no início de mês em virtude de um mandato do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Em sua tradicional mensagem de Natal, da sacada da Basílica de São Pedro, o papa Francisco lembrou hoje a República Centro-Africana, "frequentemente esquecida pelos homens".

O pontífice pediu que "a paz também reine naquela terra, atormentada por uma espiral de violência e de miséria, onde muitas pessoas carecem de teto, água e alimento, sem o mínimo indispensável para viver".

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