Dois dos principais destinos turísticos do México, Acapulco e Los Cabos tiveram neste fim de semana uma sequência de tiroteios entre as forças de segurança e grupos armados que deixaram ao menos 18 mortos.
Na zona rural da primeira cidade, um grupo de milicianos que se opõem à instalação de uma usina hidrelétrica na região atacou na madrugada de domingo (7) habitantes da vila de La Concepción, que faziam uma festa.
Oito pessoas foram mortas pelos paramilitares, disse o porta-voz da Secretaria de Segurança de Guerrero. Horas depois, policiais e soldados do Exército foram enviados à vila, onde foram recebidos a tiros pelo grupo.
O tiroteio terminou com três milicianos mortos. As autoridades prenderam mais 30 integrantes do grupo armado, incluindo seu líder, e apreenderam maconha e sete armas de uso exclusivo das Forças Armadas mexicanas.
Guerrero, onde ficam Acapulco e os balneários de Ixtapa e Zihuatanejo, é fortemente afetado pela violência das milícias e dos cartéis do tráfico de drogas. O Estado é um dos principais produtores de maconha e de papoula, usada para produzir a heroína.
Nas últimas semanas, porém, o número de homicídios cresceu. No final de dezembro um turista americano foi morto por uma quadrilha, assim como dois aspirantes a se candidatarem às prefeituras de dois municípios do interior.
Los Cabos
Já em San José del Cabo, no extremo sul da península da Baixa Califórnia, sete pessoas morreram em um confronto entre soldados da Marinha, que faziam uma operação contra o crime organizado, e integrantes de cartéis.
Segundo as autoridades da região, os marinheiros faziam uma patrulha quando encontraram duas camionetes com sete homens com coletes à prova de balas e armas como fuzis AK-47, dando início a uma perseguição com vários tiroteios.
Os sete mortos são membros da quadrilha. Com eles, as autoridades apreenderam sete fuzis, carregadores, coletes e as duas pick-ups, com placas do Estado americano da Califórnia -uma delas havia sido roubada em Tijuana, na fronteira com os EUA.
No caso da Baixa Califórnia Sul, a violência é provocada por uma disputa entre os cartéis de Sinaloa e Jalisco Nova Geração. No mês passado, pela primeira vez na história do Estado, traficantes penduraram seis corpos em três pontes -método corriqueiro entre os membros dos cartéis para demonstrar poder ou dar avisos aos rivais e à população.
Além destes destinos turísticos de verão, a briga entre as quadrilhas também levou a tiroteios e ataques armados em Cancún e na Riviera Maya, no sudeste do país -alguns deles atingindo turistas estrangeiros e locais.
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