• Carregando...
Fotografia cedida pelo Ministério da Comunicação e Informação (MINCI) onde são observados membros das forças de segurança venezuelanas monitorando parte do material apreendido durante a Operação Gran Cacique Indio Guaicaipuro no bairro Cota 905 apresentada hoje, em Caracas (Venezuela).
Fotografia cedida pelo Ministério da Comunicação e Informação (MINCI) onde são observados membros das forças de segurança venezuelanas monitorando parte do material apreendido durante a Operação Gran Cacique Indio Guaicaipuro no bairro Cota 905 apresentada hoje, em Caracas (Venezuela).| Foto: MINCI/EFE

Ao menos quatro policiais morreram e 22 "delinquentes" foram "neutralizados" nos confrontos que começaram na quarta e terminaram na sexta-feira em Caracas, informou a ministra do Interior, Carmen Meléndez.

"Lamentamos a morte de um sargento da Guarda Nacional e três funcionários da nossa Policía Nacional Bolivariana. Além disso, 22 delinquentes foram neutralizados nesta operação", disse Meléndez ao reportar a morte de várias "pessoas inocentes", sem detalhar o número.

A ministra também não especificou se os "neutralizados", palavra usada de forma ambígua pelas autoridades, morreram ou foram detidos, mas esclareceu que há "28 pessoas feridas" após os tiroteios que paralisaram a vida no oeste de Caracas durante quase 72 horas.

Entre os infratores, Meléndez confirmou a morte de três pessoas identificadas como "Calvin", "Torta" e "Chino".

De acordo com a ministra, como parte da operação "Grande Cacique Índio Guaicaipuro", as forças de segurança venezuelanas reuniram uma força de 3.110 integrantes da Polícia Nacional Bolivariana (PNB), do Corpo de Investigação Científica, Penal e Criminalista (CICPC) e da Guarda Nacional Bolivariana (GNB). A operação inclui também membros da Direção-Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM).

Meléndez também afirmou que a operação policial está "respeitando os direitos humanos". Segundo ela, os ataques de grupos criminosos começaram em 7 de julho, durante uma cerimônia de graduação liderada pelo mandatário Nicolás Maduro, na qual renovou a liderança militar, e inicialmente visou "diferentes unidades policiais".

Entre elas estava El Helicoide, sede do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), uma grande estação do CICPC em El Paraíso, na capital, e outra da Polícia Municipal de Caracas, que disse viver sob "assédio permanente".

A ministra comentou também que durante a operação foi apreendido "um arsenal militar de guerra" que inclui cartuchos para metralhadoras e outras armas pesadas. A polícia libertou nove pessoas que tinham sido raptadas pelos criminosos.

"Paramilitares Colombianos"

A vice de Maduro, Delcy Rodríguez, que falou à imprensa junto com Meléndez, afirmou que as autoridades prenderam três supostos "paramilitares colombianos" e apreenderam "armas dos EUA e das Forças Armadas Colombianas".

Segundo ela, "esta penetração que os grupos paramilitares colombianos fizeram" em Caracas "foi desmantelada" graças ao trabalho das agências de segurança "com o apoio da inteligência social".

De acordo com a vice-presidente, os três detidos "estão atualmente depondo", o que afirma ter causado "angústia" na Casa de Nariño, sede do governo colombiano.

Segundo ela esse foi o fim do "paramilitarismo colombiano". "Acabou, não há mais violência em Caracas", concluiu após a declaração de Meléndez, antes de alegar que os depoimentos dos detidos causaram angústia tanto no presidente colombiano, Iván Duque, como no líder opositor venezuelano, Leopoldo López.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]