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Ao menos duas pessoas morreram neste domingo (2) em tiroteios ocorridos em seções eleitorais no estado de Puebla, na região central do México, que suspendeu temporariamente a votação nos municípios de Tlapanalá e Coyomeapan.
O México vota neste domingo nas maiores eleições de sua história, com mais de 98 milhões de pessoas aptas para ir às urnas. Mais de 20 mil cargos estão em disputa, incluindo o de presidente do país.
Em Tlapanalá, uma mulher foi morta em um confronto entre um grupo de homens armados que supostamente tentavam roubar cédulas, enquanto em Coyomeapan um homem foi morto a tiros do lado de fora de uma seção eleitoral em uma escola de ensino médio.
A Confederação Patronal da República Mexicana (Coparmex) de Puebla relatou as mortes ao apresentar um relatório sobre seu monitoramento das eleições.
A presidente do Instituto Estadual Eleitoral (IEE) de Puebla, Blanca Cruz García, também confirmou os casos, e afirmou que o fechamento das urnas era temporário.
“Se houver uma situação que altere a ordem da seção eleitoral, a votação é temporariamente suspensa. Isso é perfeitamente regulamentado, perfeitamente regulamentado", disse ela em entrevista coletiva.
Os fechamentos das seções ocorreram em um cenário com 22 candidatos assassinados durante a campanha para essas eleições no México, conforme reconhecido pelo governo do país, embora grupos independentes relatem mais.
A empresa de consultoria Integralia, por exemplo, documentou 34 mortes de candidatos, além de ter relatado cerca de 250 mortes considerando também as de assessores, funcionários de gabinetes e familiares de políticos, o que significa que as eleições deste domingo são consideradas as mais violentas na história democrática do México.
O Instituto Nacional Eleitoral (INE) reconheceu no sábado(1º) que não abriria 222 seções eleitorais no país devido à insegurança, a maioria delas no estado de Chiapas, que suspendeu as votações nos municípios de Chicomuselo e Pantelhó devido a atos violentos, como a queima de cédulas. (Com Agência EFE)