O prefeito da cidade de L´Áquila, Massimo Cialente, informou nesta quinta-feira (9) que todos os moradores do município foram retirados de suas residências, medida adotada de maneira preventiva para evitar que mais mortes sejam causadas por novos tremores que possam atingir a região.
Segundo o último balanço, 28 mil pessoas ficaram sem moradia após o tremor de segunda-feira, que atingiu 5,8 graus na escala Richter e teve em L´Áquila seu epicentro. O número de mortes, de acordo com a polícia, chegou a 281. Nesta quinta-feira, região de Abruzzo, onde está L´Áquila, começou a enterrar os mortos na tragédia. Abalos secundários continuam prejudicando o trabalho das equipes de resgate. O Ministério do Interior disse que as buscas continuam até a Páscoa.
Ao comentar o decreto emitido pela Prefeitura, que declara a cidade como "inabitável", Cialente afirmou que a determinação "é apenas o retrato de uma situação que infelizmente já está dada".
"De fato não há mais nenhum morador em sua casa. Áquila virou uma cidade fantasma", ressaltou.
Ele também recordou que o centro histórico do município, uma das áreas mais atingidas pelo terremoto de segunda-feira, foi interditado por risco de desmoronamento. Além disso, milhares de desabrigados estão alojados em tendas montadas pela Defesa Civil ou em hotéis situados no litoral.
O próprio prefeito revelou que também foi obrigado a deixar sua residência, e que desde então está instalado em seu carro.
"Vários, como eu, estão em seus automóveis. Outros também estão na casa de amigos ou parentes que moram longe de Áquila", acrescentou.
A administração municipal tem pedido a todos as pessoas que deixaram Áquila que se comuniquem com a Prefeitura, para que seja possível montar um painel com dados sobre os desabrigados.
Autoridades estão bastante preocupadas com a segurança na região de Abruzzo, onde está L´Áquila. Saqueadores atacaram várias localidades, o que fez com que Berlusconi ameaçasse enviar o Exército a essas áreas para conter a onda de roubos.
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