US$ 6 bilhões
Segundo as estimativas das autoridades palestinas, será preciso cerca de US$ 6 bilhões (R$ 13,5 bilhões) para retomar a estrutura que havia antes de 8 de julho, na Faixa de Gaza, quando começou a operação Limite Protetor. Mas o valor ainda pode aumentar, pois falta um balanço dos últimos oito dias de batalha, depois do fracasso da última trégua.
Mais de 200 toneladas de ajuda humanitária enviada pela Arábia Saudita, pelo Sultanato de Omã e pela Turquia entraram ontem na Faixa de Gaza através do posto de passagem egípcio de Rafah. Mais cedo, o Programa Alimentar Mundial (PAM) havia anunciado a entrada em Gaza de um comboio transportando cestas básicas contendo comida suficiente para 150 mil pessoas por cinco dias. Foi a primeira vez que a agência da ONU usou a passagem com o Egito desde 2007.
O comboio enviado pelo rei Abdullah da Arábia Saudita transportava 150 toneladas de medicamentos e equipamentos médicos. Um outro, transportando 45 toneladas de medicamentos e suprimentos médicos enviados por uma organização de caridade do Sultanato de Omã também chegou a Gaza. A ele se somou a ajuda da Turquia.
Israelenses e palestinos concluíram na terça-feira um acordo de cessar-fogo mediado pelo Egito que acabou com 50 dias de uma ofensiva israelense no enclave palestino controlado pelo movimento radical Hamas. O conflito causou a morte de 2.143 palestinos, a maioria civis, e de 70 israelenses, incluindo 64 soldados.
A Faixa de Gaza foi devastada pelos bombardeios israelenses destinados a impedir os disparos de foguetes do Hamas. Os ataques de Israel causaram bilhões de dólares em danos em um território com uma economia já sufocada.
O posto de fronteira de Rafah é o único acesso ao território palestino que não é controlado por Israel.