Centenas de sobreviventes de um ataque brutal de rebeldes separatistas que deixou pelo menos 63 mortos no nordeste da Índia buscaram refúgio nesta quarta-feira em uma escola e uma igreja, ao mesmo tempo em que foi estabelecido um toque de recolher, em uma tentativa de conter a violência étnica.

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Segundo autoridades do Estado de Assam, rebeldes de uma facção do grupo separatista Frente Nacional Democrática de Bodoland atacaram acampamentos tribais dos Advivasi na terça-feira (23). Na sequência, pelo menos 100 pessoas, a maioria mulheres e crianças, buscaram refúgio em uma igreja na vila de Shamukjuli, no distrito de Sonitpur, onde 26 das vítimas morreram. Outras 200 pessoas foram para uma escola próxima.

Os Adivasi são uma mistura de hindus e cristãos e estavam se preparando para a celebração do Natal quando o ataque ocorreu. Os rebeldes bodos lutam pela separação da sua terra natal e querem expulsar as tribos, que representam cerca de 10% da população de Assam, de 33 milhões de pessoas. Nas últimas três décadas os ataques contra os Advivasi e também muçulmanos já deixaram quase 10 mil mortos.

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Segundo S.N. Singh, oficial da polícia de Assam, o ataque desta terça-feira pode ter sido uma retaliação em função das operações promovidas contra o grupo rebelde. "Nós estamos tentando garantir que a violência étnica não se espalhe", comentou, acrescentando que um toque de recolher foi imposto em dois distritos e que dezenas de policiais e forças paramilitares estão patrulhando a região.