A torre responsável pelo controle aéreo do voo da Germanwings que caiu nos Alpes franceses tentou entrar em contato com a aeronave por três vezes. De acordo com um informe das autoridades francesas, os controladores em Provença notaram a súbita perda de velocidade e altitude e fizeram tentativas até emitirem um alarme de emergência. O avião chegou a perder aproximadamente 3.500 pés (1,05km) de altitude por minuto entre 10h30 e 10h48, quando bateu.
Desde 10h30, quando a aeronave parou de responder à torre, nenhuma comunicação foi emitida. As autoridades tentaram relatar que o voo havia saído da rota prevista de altura. A queda era de quase 18 m/s, mas não havia resposta. Após uma segunda chamada, foi emitido o sinal de emergência, e depois outra tentativa de contato, quando o avião já havia caído quase 4 mil metros.
Às 10h40, o avião desapareceu de vez do radar, forçando os controladores a chamarem o apoio de emergência. Nove minutos depois, helicópteros militares saem em busca do avião. Inicialmente, foi informado que o avião havia emitido o sinal, mas a direção da aviação civil francesa negou.
Os investigadores do acidente com o avião da companhia Germanwings, que caiu ontem nos Alpes franceses, conseguiram extrair “um arquivo de áudio” de uma das caixas-pretas, mas ainda é “cedo demais” para tirar conclusões sobre a queda, afirmou o diretor do órgão responsável pelo caso, Rémi Jouty.
O presidente da França, François Hollande, anunciou nesta quarta-feira que foi encontrada a carcaça da segunda caixa-preta do avião Airbus A320 que caiu nos Alpes, mas não o seu conteúdo, que continua sendo procurado. Em discurso feito conjuntamente aos chefes de governo de Espanha, Mariano Rajoy, e da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, Hollande prometeu que as circunstâncias do acidente serão esclarecidas e divulgadas. A tragédia deixou 150 mortos. O avião fazia o trajeto entre Barcelona e Düsseldorf. Os passageiros do voo eram de cerca de 15 nacionalidades diferentes, a maioria espanhóis e alemães.
A primeira caixa-preta, que foi encontrada danificada, já está sendo analisada em Paris pelo organismo de investigação aérea (BEA), e hoje mesmo podem ser conhecidos os primeiros resultados do exame.No entanto, Hollande pediu paciência porque a análise será “difícil”, e assegurou que os soldados que estão no lugar da colisão continuarão a busca pelo conteúdo da segunda caixa-preta até ela ser encontrada.
“Necessitamos compreender o que se passou, devemos isto às famílias e países afetados. A França empreendeu grandes recursos na investigação para que possamos saber tudo. Infelizmente temos certa experiência”, acrescentou o presidente francês. Para Hollande, o deslocamento da população local e dos serviços públicos como gendarmaria e bombeiros foi “uma mostra de solidariedade e grande eficácia, apesar de infelizmente não haver possibilidade de se achar sobreviventes”.
Antes do pronunciamento, Hollande, Rajoy e Merkel visitaram a capela instalada na cidade de Seyne-les-Alpes, próximo ao lugar do acidente, onde cumprimentaram os integrantes das equipes de resgate.
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