A maioria dos países em desenvolvimento está pagando mais por comida, apesar das quedas registradas no mercado de commodities durante a crise econômica mundial. Com isso, mais 200 milhões de pessoas começaram a passar fome nos últimos dois anos, informou nesta segunda o Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas (ONU).
A diretora executiva da agência, Josette Sheeran, citou as mudanças climáticas, o aumento dos preços dos combustíveis e a queda de renda pela situação. Ela disse que o número de "famintos em situação de emergência" atingiu agora o nível mais alto, de 1,02 bilhão de pessoas.
"Uma em cada seis pessoas vai acordar sem ter certeza de que poderá encher uma xícara de comida", disse Sheeran. "A fome está em marcha".
Ela disse que, enquanto os preços caíram nos mercados globais de commodities por causa da crise financeira, o preço subiu na maioria dos alimentos nos países em desenvolvimento.
"A crise alimentar não acabou. Temos uma anomalia acontecendo. Nos grandes mercados globais, os preços estão baixos, mas 80% das commodities no mundo em desenvolvimento têm preços mais altos hoje do que estavam um ano atrás, e os preços de um ano atrás eram duas vezes maiores do que antes", afirmou.
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