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Cerca de 10 tumbas datadas de quase 1.800 anos atrás foram destruídas por trabalhadores que construíam uma filial da Ikea em Nanjing no sudeste da China, informou um jornal da cidade na terça-feira.

Os túmulos -do período das "seis dinastias", que compreende 220 a 589 AC- foram descobertos nas proximidades da antiga capital na província de Jiangsu, disse o Nanjing Morning Post.

Arqueólogos da cidade afirmaram ao jornal que as tumbas podem pertencer a uma família rica do período, já que o acabamento da obra é de alta qualidade. Os túmulos foram construídos com tijolos verdes adornados com contornos de lotus. As sepulturas foram destruídas por máquinas de escavação e escavadoras para terraplanagem que abriam caminho para uma loja da rede sueca de móveis Ikea, de acordo com a reportagem.

"O topo de algumas tumbas foram cortadas por escavadeiras, revelando alguns tijolos verdes", afirmou uma testemunha segundo o jornal.

"A situação de outra tumba era ainda pior, porque foi cavada no centro por uma máquina, deixando apenas parte do caixão apoiada na parede de lama".

Um porta-voz da Ikea não estava disponível para comentar.

Arqueólogos do Museu de Nanjing pediram aos construtores para interromperem os trabalhos, enquanto pesquisavam o local e coletavam artefatos, disse a reportagem, mas não está claro se o pedido foi atendido.

Pela lei chinesa, pessoas ou unidades de trabalhadores que destroem "tumbas antigas" podem receber multas de 50 mil a 500 mil yuans (cerca de 6.600 a 65,7 mil dólares), mas as leis dificilmente são cumpridas.

Construtores preferem às vezes pagar multas a atrasar ou cancelar os projetos, acrescentou o diário.

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