A ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, segura a caixa com o documento detalhando o orçamento do país antes de apresentá-lo no Parlamento, nesta quarta-feira (30)| Foto: EFE/EPA/TOLGA AKMEN

A ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves, apresentou nesta quarta-feira (30) no Parlamento britânico o primeiro orçamento do novo governo trabalhista do país. O documento prevê aumento de impostos de 40 bilhões de libras (cerca de R$ 300 bilhões) por ano.

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Segundo a agência Reuters, o Instituto de Estudos Fiscais (IFS, na sigla em inglês), uma das mais importantes instituições de pesquisas nessa área no Reino Unido, apontou que esse valor representaria 1,25% da produção econômica britânica, a maior porcentagem desde 1993.

Reeves alegou que os conservadores, que deixaram Downing Street (a residência do premiê do Reino Unido) em julho, legaram para os trabalhistas um “buraco negro” no orçamento. A ministra também anunciou que aumentará o endividamento para obter mais recursos para investimentos.

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“Qualquer ministra responsável tomaria medidas [como essas]”, disse. “É por isso que hoje estou restaurando a estabilidade de nossas finanças públicas e reconstruindo nossos serviços públicos.”

A oposição criticou a alta de impostos. O partido de direita nacionalista Reforma Reino Unido publicou nas redes sociais uma ilustração com Reeves com uma máscara e um gorro de ladrão.

“Escondam suas carteiras... O orçamento de Robbing Reeves [trocadilho com o verbo roubar em inglês e Robin Hood] será um clássico trabalhista — altos impostos e endividamento ainda maior”, escreveu a legenda.

Rain Newton-Smith, CEO da Confederação da Indústria Britânica (CBI, na sigla em inglês), divulgou uma nota também criticando o orçamento dos trabalhistas.

“Este é um orçamento complicado para as empresas. Embora o Planejamento do Imposto Corporativo ajude a criar uma estabilidade muito necessária, o aumento nas Contribuições do Seguro Nacional, juntamente com outros aumentos na base de custos do empregador, aumentará o fardo sobre as empresas e afetará a capacidade de investir e, em última análise, tornará mais caro contratar pessoas ou dar aumentos salariais”, alertou a CEO.

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