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Direitista Netanyahu (dir.) aperta as mãos do ministro da Defesa Ehud Barak (esq.) em Tel Aviv | David Furst / AFP Photo
Direitista Netanyahu (dir.) aperta as mãos do ministro da Defesa Ehud Barak (esq.) em Tel Aviv| Foto: David Furst / AFP Photo

Veja que trabalhistas aceitam fazer parte do novo governo de Israel

O Partido Trabalhista de Israel decidiu nesta terça-feira (24) que vai integrar a coalizão de governo do futuro premiê do país, o direitista Benjamin Netanyahu, "puxando" a orientação para o centro.

O partido tomou a decisão no voto, após um acirrado debate. A tese de integrar a coalizão do Likud - partido de Bibi Netanyahu - venceu por 680 votos a 507 no comitê central.

Os contrários à coalizão protestaram gritando "desgraça" depois de anunciado o resultado.

Netanyahu havia chegado ao acordo com o líder do Partido Trabalhista e ministro da Defesa, Ehud Barak, mais cedo nesta terça-feira.

Equipes dos dois partidos passaram a noite negociando os detalhes de um acordo que oferecia aos trabalhistas entrar no Executivo de Netanyahu com cinco ministros, dois vice-ministros e ocupando um cargo de presidente de comissão parlamentar.

O acordo deve ajudar o futuro governo do país a evitar atritos com os EUA a respeito do processo de paz do Oriente Médio. Na última semana, muitas vozes dentro do trabalhismo haviam se oposto a entrar em um governo liderado pelo Likud, e sete dos 13 deputados que o Partido Trabalhista conseguiu nas últimas eleições manifestaram oposição a um pacto.

Segundo o acordo, o novo governo deverá desenhar um plano para a paz no Oriente Médio, continuar com as negociações de paz e se comprometer a respeitar os acordos assinados por Israel até o momento, além de "fazer cumprir a lei" sobre os assentamentos judaicos na Cisjordânia.

O Partido Trabalhista apoia o processo de paz dos EUA na região, que prevê a criação de um Estado palestino ao lado de Israel, enquanto Netanyahu rejeita tal solução, preferindo dar ênfase ao desenvolvimento econômico dos territórios palestinos -estratégia que os palestinos contestam.

Tal posição pode colocar o futuro premiê em rota de colisão com o governo dos EUA, cujo presidente, Barack Obama, prometeu fazer da paz no Oriente Médio uma prioridade diplomática de seu mandato.

"Estamos conversando sobre respeitar todos os acordos internacionais que o Estado de Israel. Estamos falando em haver um processo de paz", disse o negociador trabalhista Shalom Simchon, sem dar detalhes do pacto.

Israel se comprometeu formalmente em 2007, na conferência de Annapolis (EUA), a negociar um tratado que promova "a meta de dois Estados, Israel e Palestina, vivendo lado a lado em paz e segurança".

Na segunda-feira, Netanyahu havia selado um acordo para governar em conjunto com o partido judaico ortodoxo Shas. Antes, havia angariado o apoio do partido Yisrael Beitenu, do ultranacionalista Avigdor Lieberman.

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