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Nos próximos cinco dias os trabalhos no Haiti devem se concentrar em buscas e salvamentos de desaparecidos e detecção de perigos ambientais, como riscos de deslizamento e desabamento de edifícios afetados. Simultaneamente busca-se atender as primeiras necessidades dos sobreviventes, com o fornecimento de alimentos, água potável, roupas, cobertores e atendimento médico – fase que deve durar de duas a quatro semanas. Só então será possível começar a pensar em reconstrução.

A organização internacional Visão Mundial está atendendo 300 mil pessoas afetadas pela catástrofe em colaboração com o governo local, estima Camilo Palácios, que participa da coordenação da ação de resposta. Três equipes de apoio foram deslocadas da República Dominicana e estão estacionadas nos arredores de Porto Príncipe recebendo desabrigados. "As crianças são as mais vulneráveis em situações de catástrofe, elas podem se desprender de suas famílias e, por isso, não receberem o cuidado necessário. No Haiti, então, isso se agrava pelo fato de muitas já viverem de forma precária e sob exploração, com saúde extremamente debilitada", explicou Palácios à Gazeta do Povo.

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