100 anos é a idade da barbearia Paul Molé, por onde passaram celebridades como Henry Fonda, Joe DiMaggio, John Fitzgerald Kennedy e Art Carney. O local mantém o encantamento do solo xadrez e o ritual de espuma e pincel.
1904 foi o ano de construção do edifício Asser Levy, cuja arquitetura foi inspirada na Roma clássica. Erguido para oferecer uma higiene mínima a quem não podia se lavar em casa, o espaço ainda mantém banheiros públicos e duas piscinas. As piscinas, porém, não se adequaram às condições de higiene atuais.
Nova York, conhecida como a cidade que nunca dorme e está sempre mudando, também oferece prazeres antigos como bons banheiros públicos do início do século 20, um cachorro quente de 1916, a barbearia frequentada por Joe DiMaggio e a farmácia que Eleanor Roosevelt visitava.
INFOGRÁFICO: Confira onde estão alguns dos pontos mais antigos e tradicionais de Nova York
Em maio, Katzs, o restaurante de pastrami carne vermelha em salmoura mais famoso de Nova York, completou 125 anos orgulhoso de ter sobrevivido às oscilações das modas, da economia e da gastronomia. Mas não é o único, nem sequer o mais antigo.
Em questão de restaurantes, o Fraunces Tavern, no distrito financeiro, é o decano da cidade. Com seu cantinho para o uísque, sua ampla variedade de cervejas, sua chaminé e sua decoração feita com madeira, é uma viagem ao ano de 1762, quando foi fundado.
Conscientes do teor da antiguidade, os proprietários da taverna oferecem a possibilidade de se sentir um americano originário na Tallmadge Room, sala alheia aos avanços contemporâneos.
Trinta anos mais tarde, em 1794, era criado o Bridge Cafe, onde Martin Scorsese rodou algumas cenas de seu filme sobre o nascimento da cidade, Gangues de Nova York. Desde sua fundação em uma singela casa de madeira, o local serviu como bordel, armazém e restaurante húngaro. Agora, especializado em marisco, é conhecido por seus caranguejos de carapaça branca.
Culturas
Um prato mais simples, o cachorro quente, também faz parte da história da cidade, no Nathans, em Coney Island (Brooklyn). Lá, a experiência "vintage" de comer um "hot dog", herdeiro daqueles pioneiros de 1916, é complementar a seu famoso parque de diversões, cheio de encantamento e cuja montanha-russa impressiona mais pelo barulho de suas estruturas de 1927 do que pela vertigem em si.
Também em Coney Island foi vivida em 2011 uma história que orgulhou os nova-iorquinos por representar o mencionado cruzamento de culturas, quando alguns taxistas muçulmanos compraram uma das confeitarias judias mais antigas de Nova York, a Bialys and Bagels, para evitar seu fechamento após 91 anos de serviço ininterrupto.
Cidade tem marcas italianas e holandesas
Outra comunidade com grande presença em Nova York, a italiana, serviu sua primeira pizza na Lombardis, em 1905, e seu primeiro capuccino no Caffe Reggio, aberto em 1927. No distrito de Canarsie, no Brooklyn, está a casa mais antiga da cidade, quando esta ainda se chamava Nova Amsterdã. The Wyckoff House data de 1652 e pertence, precisamente, ao sóbrio estilo holandês de madeira escura que desembarcou no século 17.
Falando em desembarcar, a cidade oferece a possibilidade de subir ao Pioneer, uma embarcação que foi construída na Pensilvânia em 1885 e que ainda navega pelas águas que rodeiam a ilha de Manhattan. Após tão encantador passeio de barco, é possível dormir no hotel mais veterano de Manhattan, o Cosmopolitan, um edifício de beleza sóbria que foi construído em 1845.
Farmácia
Mas Nova York também oferece experiências mais cotidianas com o apoio de anos de atividade, como comprar pomadas na farmácia Bigelow, no West Village, a mais antiga de todo o país. Criada em 1838 pelo doutor Galen Hunter, viu passar por entre suas prateleiras Thomas Edison, Eleanor Roosevelt e Susan Sarandon.
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