Um dos principais cartéis de trafico de drogas do México anunciou uma pausa na violência pela disputa do controle da rota e a venda de drogas durante a visita do Papa Bento XVI ao país, segundo informações divulgadas por funcionários do Escritório da Advocacia-Geral do país no fim de domingo. De acordo com as fontes, pelo menos 11 cartazes assinados pelo grupo "Cavaleiros Templários" foram encontrados em cinco municípios, incluindo na cidade de Leon, onde o líder da Igreja Católica iniciará sua visita.
"Os Cavaleiros Templários repudiam qualquer ação militar. Não somos assassinos. Bem-vindo, Papa", diz uma mensagem assinada pelo grupo.
Os "Cavaleiros Templários" gostam de assumir uma posição contraditória, em meio à religiosidade e à violência que pregam na disputa pelo controle do tráfico no país. O grupo, que se intitula defensor da população do estado de Guanajuato, onde exerce maior influência, já havia espalhado cartazes em fevereiro alertando rivais para "não criarem problemas" durante a estadia do Pontífice no México.
Em contrapartida, autoridades da cidade de Teloloapan, no estado de Guerrero, anunciaram que dez cabeças - sete de homens e três de mulheres - foram achadas no fim de domingo ao lado de uma mensagem de ameaça ao cartel "A Família", um dos principais rivais dos "Cavaleiros Templários". Em um cartaz escrito à mão, havia a mensagem: "Isso acontecerá com todos aqueles que apoiarem o FM (La Família). Até o momento, nenhum cartel assumiu a responsabilidade pelo crime.
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