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Paris (EFE) – A morte de 17 pessoas no incêndio de um velho edifício de Paris, habitado sobretudo por famílias de origem africana, volta a evidenciar a escassez de moradias populares em uma cidade de fortes contrastes. Alguns dos 30 feridos tentaram saltar das janelas para escapar do fogo.

O ministro de Emprego e Coesão Social, Jean-Louis Borloo, anunciou a criação de um programa de "pensões sociais" para os próximos dias. Borloo ressaltou que seu governo tinha feito do relançamento da construção de moradias uma de suas prioridades, e fez alusão ao acordo com a prefeitura de Paris, firmado em abril, para construir em seis anos 22.200 casas para aluguel e 1.650 locais de abrigo para emergências. Especialistas dizem que o ideal seriam 900 mil casas ao ano para satisfazer a demanda.

Os aluguéis continuam em alta, apesar de em 2004 o número de casas construídas na França ter aumentado 16%, para 363 mil unidades.

Os aluguéis das casas do setor privado – que em Paris custam 19,2 euros mensais por metro quadrado em média – são caros demais para as camadas sociais mais baixas, sobretudo para os imigrantes sem papéis, que não podem assinar um contrato e têm de optar pelo mercado clandestino, as instituições de caridade ou a ocupação de edifícios abandonados.

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