Pelo menos 150 pessoas morreram neste domingo e 1.500 ficaram feridas na explosão de um depósito de munições em Brazzaville, a capital da República do Congo, informou à AFP uma fonte diplomática europeia.
"Há pelo menos 150 mortos nos hospitais militares e 1.500 feridos de maior ou menor gravidade", afirmou a fonte diplomática à AFP, entrevista por telefone de Paris.
Muitos feridos, vários deles oficiais de uniforme, eram atendidos nas ruas. Um correspondente da AFP viu os corpos de quatro pessoas, incluindo uma criança, em uma clínica perto da área da explosão.
Cinco explosões muito fortes sacudiram Brazzaville a partir das 8H00 locais (4H00 de Brasília) e até as 10H45. Um incêndio em dois depósitos de munições no quartel de Mpila, zona leste de Brazzaville, teria provocado a tragédia, segundo fontes militares.
Um helicóptero sobrevoava a região. A área da tragédia foi isolada pelas forças de segurança. De acordo com testemunhas, as explosões, muito fortes, provocaram cenas de pânico e foram sentidas em Kinshasa, a capital da República Democrática do Congo, separada de Brazzaville pelo rio Congo.
Socorro
Por volta do meio-dia, uma equipe da ONG Médicos sem Fronteiras (MSF) chegou ao Centro Hospitalar Universitário (CHU) de Brazzaville, instituição que recebeu um grande número de vítimas.
Um dos médicos da missão da MSF França em Brazzaville disse que é necessária maior organização na distribuição dos feridos e indicou que alguns deles foram enviados para outras instituições médicas.
As autoridades de Brazzaville não detalharam o que causou as fortes explosões, embora testemunhas citadas pelo jornal "Les Dépêches" garantem que muitas das casas situadas nos arredores do depósito de armas ruíram após as explosões.
"Meus pais vivem perto de Mpila e o teto da casa deles desabou. Felizmente, não estavam lá no momento da tragédia, mas alguns vizinhos não tiveram a mesma sorte", relatou uma jovem à publicação.
Em seu site, a "Radio Okapi" revela que o local da explosão é "um velho arsenal de armas e munição que o Governo pretendia destruir", informam as autoridades militares de Brazzaville.
O chefe de segurança do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) na República Democrática do Congo, François Nkoy, confirmou a situação de pânico em Kinshasa e garantiu ter pedido aos moradores que permaneçam afastados de qualquer janela.
Como constatou a Efe, um grande número de imóveis foi atingido em Kinshasa, incluindo prédios públicos. Um deles localizado no porto teve de ser evacuado.
Além disso, o comissário adjunto da Polícia Nacional da RDC, Charles Bisengimana, pediu calma a população de Kinshasa em mensagem divulgada da rádio estatal "RTNC" e redobrar a atenção para evitar mais feridos. Bisengimana garantiu que "não há o que temer" e tudo "está sob controle das Forças de Segurança" da RDC
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