Washington Voltar ao normal era a determinação de todos ontem no campus da Virginia Tech, no reinício das aulas. Mas ao deixarem seus dormitórios para ir às salas, estudantes logo perceberam que a volta à normalidade ainda vai demorar um pouco mais. Alguns foram despertados por um sino que soou duas vezes, às 7h15m (hora local), junto ao dormitório em que, uma semana antes, Seung Hui Cho assassinou suas duas primeiras vítimas. Centenas de estudantes tinham despertado mais cedo para a cerimônia de homenagem, que o porta-voz da escola, Larry Hincker, definiu como "processo de renascimento".
Depois de um minuto de silêncio e as duas badaladas, todos se agruparam no Drillfield, imenso gramado no centro da Virginia Tech, à espera da segunda fase que viria duas horas e meia mais tarde. Todos curvaram a cabeça enquanto o sino soou outras 32 vezes uma para cada vítima no Norris Hall.
Cada vez que o sino soava uma bola de gás, branca, subia ao céu. O silencio absoluto às vezes era cortado por soluços. Depois que a última bola branca subiu, mil bolas laranja e marrom (cores da universidade) foram liberadas de uma só vez, simbolizado a unidade do campus. Em seguida, estudantes trouxeram 33 pequenas bandeiras brancas de uma capela uma delas em nome do próprio assassino e as penduraram em cordas esticadas, como varais, à frente do memorial improvisado no centro do campus.
Os corpos das vítimas foram liberados para as famílias. Dos 28 feridos, dois seguem hospitalizados. A polícia continua averiguando os e-mails de Cho. Além disso, investigadores pediram os registros da conta dele no site de leilões e-Bay, apesar de a empresa ter dito que não procediam as suspeitas de que ele teria adquirido ali munição e uma das armas.
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