Pelo menos 19 pessoas, entre civis, tropas do governo e soldados dissidentes, foram mortas na persistente violência no Iêmen, disseram médicos nesta quarta-feira. O presidente Ali Abdullah Saleh voltou a dizer que pretende renunciar.
As mortes ocorreram tanto na capital, Sanaa, como na segunda maior cidade do país, Taez. Na terça-feira, Saleh afirmou ao embaixador dos EUA no Iêmen que assinará o plano de transição apoiado pelos Estados do Golfo. O acordo prevê a renúncia do líder em até 30 dias.
Uma declaração de trégua entre o governo e grupos rivais não foi respeitada. Funcionários do setor de saúde disseram nesta quarta-feira que o número de mortos na madrugada chegou a 19, incluindo uma mulher e seu filho, que morreram em Taez quando a casa deles foi atingida por disparos de tropas do governo que, segundo moradores, bombardeiam a cidade.
Em Sanaa, pelo menos sete homens armados leais ao poderoso xeque Sadeq al-Ahmar foram mortos em confrontos durante a noite no distrito de Hasaba, onde vive a liderança que enfrenta as forças do governo há semanas.
O governo afirmou no site do Ministério da Defesa que nove dos soldados que enfrentam aliados de Sadeq e forças leais ao general dissidente Ali Mohsen al-Ahmar também foram mortas durante a noite.
O Iêmen passa por um longo e sangrento levante, no âmbito da "Primavera Árabe", que desde janeiro deixou centenas de iemenitas mortos e milhares de feridos. Saleh recusa-se há mais de nove meses a ceder à pressão internacional e entregar o poder mesmo com dezenas de milhares de iemenitas pressionando em protestos pelo fim do regime. O impasse político atinge a economia, enfraquecendo o governo central e levando a deserções entre os aliados do presidente. As informações são da Dow Jones.
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