A ajuda começou a chegar ao sul do Líbano nesta segunda-feira, horas depois que um cessar-fogo negociado pela Organização das Nações Unidas (ONU) entrou em vigor, colocando fim ao conflito que já matou mais de 1.200 pessoas e provocou a remoção de quase um milhão de suas casas.
O Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas (PMA) enviou 24 caminhões de comida, remédios e materiais de abrigo para o porto meridional de Tiro. Outros grupos de ajuda preparavam-se para auxiliar dezenas de milhares de refugiados que devem dirigir-se para o sul nos próximos dias.
- Estamos com quase duas horas de cessar-fogo nesse momento. Não foram registrados incidentes, de maneira que estamos prudentemente otimistas - disse o porta-voz do programa Robin Lodge.
O Exército israelense informou que manterá a proibição de tráfego não autorizado ao sul do rio Litani, para impedir o movimento de homens armados do Hezbollah. O Exército advertiu que qualquer pessoa encontrada na rodovia pode ser atacada.
As Forças Armadas também afirmaram que não suspenderão o bloqueio aéreo e marítimo contra o Líbano, mas o PMA disse que o cessar-fogo permitirá que a ajuda poderá chegar por mar e por terra livremente agora.
- Com o cessar-fogo em vigor, não poderá mais haver áreas proibidas no Líbano - disse David Shearer, coordenador humanitário da ONU no Líbano.
Abrindo rodovias
O PMA disse que em breve enviará alimentos, materiais de abrigo e outros suprimentos para o sul por via marítima e estabelecerá uma base em Tiro, que foi isolada do norte há uma semana, quando Israel bombardeou a última grande ponte sobre o estreito e rochoso Rio Litani.
Segundo o programa, soldados das forças de paz da ONU estão reconstruindo a passagem e forças de segurança libanesas estão limpando rodovias para trazer ajuda rapidamente para 100 mil pessoas que estão presas ao sul do rio.
A agência de socorro Mercy Corps disse estar preparando-se para enviar grande quantidade de alimentos - sacos de arroz, farinha e comida enlatada - para Nabatiyeh, ao norte do Litani, em antecipação a um grande fluxo de refugiados que devem voltar.
- Se eles realmente voltarem, precisarão de um aumento significativo nos estoques de alimentos - disse a responsável por informações da Mercy Corps, Cassandra Nelson.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) acredita que cerca de um terço dos 750 mil desabrigados que se abrigaram com famílias e em escolas e prédios públicos no norte do Líbano voltará em alguns dias, se o cessar-fogo se mantiver.
Fiscalização do Pix pode ser questionada na Justiça; saiba como evitar cobranças
Regulação das redes: quem é o advogado-geral da União que se posicionou contra Mark Zuckerberg
Impactos da posse de Trump nos EUA animam a direita; ouça o podcast
Sidônio toma posse para tentar “salvar” comunicação de Lula