Oito anos depois de perder o emprego por orar no campo de futebol americano, o técnico Joe Kennedy é recontratado pelo Distrito Escolar de Bremerton, em Washington, nos Estados Unidos. Ele ganhou o caso que tratava de liberdade religiosa perante a Suprema Corte em junho, após uma longa batalha judicial. Em 2015, ele perdeu o contrato com a escola, depois de se recusar a parar de orar na linha de 50 jardas após os jogos.
“Kennedy deve ser reintegrado ao seu cargo anterior como assistente técnico do time de futebol da Bremerton High School até 15 de março de 2023”, determina o acordo. O Distrito Escolar de Bremerton disse em um comunicado que concordou em devolver o emprego e que “Kennedy poderá orar”.
Em junho, o juiz Neil Gorsuch escreveu a opinião para a maioria de 6 a 3 da Corte, sustentando que tanto as cláusulas de livre exercício quanto de liberdade de expressão da Primeira Emenda protegem o direito de Kennedy de orar em campo.
"Sempre quis voltar aos jogos com meus garotos”, disse Kennedy após decisão da Suprema Corte. Jeremy Dys, advogado do First Liberty Institute, uma organização legal nacional que protege a liberdade religiosa e que representa o treinador, destacou que "era inevitável que ele voltasse ao campo".
Kennedy entrou na justiça depois que funcionários da instituição alteraram as políticas do distrito escolar para decretar uma nova proibição de “atividade religiosa demonstrativa, prontamente observável pelos alunos e pelo público presente”. Como uma “compensação”, disseram a Kennedy que ele poderia orar após os jogos em um “local privado dentro do prédio da escola, instalação esportiva ou sala de imprensa”.
O treinador, no entanto, continuou sua oração no campo após os jogos e o distrito o colocou em licença administrativa. Após o término da temporada de 2015, as autoridades distritais emitiram uma avaliação de desempenho ruim que desaconselhava sua recontratação.
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