Vista aérea da área do acidente que ocorreu no noroeste da Espanha| Foto: Reuters/Aeromedia.es

O condutor do trem acidentado na noite de quarta-feira (24) em Santiago de Compostela, no noroeste da Espanha, reconheceu que estava a uma velocidade de 190 km/h em uma zona em que o limite era restrito a 80 km/h, informaram nesta quinta-feira (25) fontes da investigação.

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O acidente causou a morte de mais de 70 pessoas e deixou outras 130 feridas, segundo os últimos dados divulgados pelo Tribunal Superior de Justiça da Galícia. Após o acidente, o primeiro com um trem de alta velocidade no país, o motorista manteve conversas por rádio nas quais assegurava que estava muito acima da velocidade indicada para a curva onde ocorreu o descarrilamento.

Além disso, as fontes da investigação explicaram que, pouco tempo depois do acidente, o motorista do trem admitiu que estava em uma velocidade de 190 km/h perante o delegado do Governo na Galícia, Samuel Juárez.

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A Polícia e técnicos de infraestruturas viárias averiguam desde ontem à noite as causas do acidente, enquanto a imprensa local reproduz hoje trechos das conversas telefônicas do condutor. Em uma delas, logo após a tragédia, um dos maquinistas chegou a afirmar: "Descarrilei, o que devo fazer, o que devo fazer".

Ambos os motoristas saíram ilesos do acidente e, inclusive, chegaram a participar dos trabalhos de resgate.

Centenas de agentes da Polícia, equipes sanitárias e especialistas em acidentes ferroviários trabalham no dispositivo estabelecido após o acidente, registrado pouco antes das 21h locais (16h de Brasília) nas proximidades da estação de Santiago de Compostela.

De acordo com a companhia, o trem transportava 247 passageiros e quatro tripulantes na hora do acidente.

O fato gerou uma forte comoção na Espanha, já que hoje, dia 25 de julho, é o dia de Santiago, o padroeiro religioso da Espanha, cuja festividade costuma levar milhares de turistas e peregrinos a Santiado de Compostela, capital política Galícia.

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