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Rebeldes russos monitoram o local onde caiu o avião. O grupo recebeu críticas por ter alterado a área dos destroços | REUTERS/Maxim Zmeyev
Rebeldes russos monitoram o local onde caiu o avião. O grupo recebeu críticas por ter alterado a área dos destroços| Foto: REUTERS/Maxim Zmeyev

O trem que chegou a Kharkiv, no leste da Ucrânia, nesta terça-feira (22) carregava 200 corpos de vítimas do voo MH17, e não 282 como havia sido anunciado anteriormente.

A informação é das autoridades holandesas que estão na cidade para receber os corpos.Segundo Jan Tuinder, que chefia os peritos, não há dúvidas de que o número é 200. "A única coisa que temos certeza é que são 200 corpos. Provavelmente, os demais estão na área onde o desastre ocorreu", disse.

O trem foi liberado pelos rebeldes separatistas pró-Rússia da cidade de Torez, área na região de Donetsk, controlada por eles. Foram 17 horas de viagem entre segunda (21) e terça até Kharkiv, cidade sob poder do governo ucraniano.

O relato de que, na verdade, os vagões levaram 82 corpos a menos deve aumentar a pressão sobre o grupo separatista, acusado de ter derrubado na quinta-feira (17) o avião da Malaysia Airlines, que ia de Amsterdã (Holanda) a Kuala Lumpur (Malásia). Ao todo, 298 passageiros estavam a bordo.

Os rebeldes dominaram o acesso ao local e receberam críticas por terem alterado a área dos destroços, onde caíram inclusive pedaços da fuselagem.

Os separatistas controlaram, por exemplo, o resgate dos corpos e o transporte para a estação de trem de Torez, a 70 km de Donetsk.

Desde domingo (20), o número total de corpos levados para os vagões era confuso. No fim da noite de segunda, foi divulgado pelos peritos holandeses o balanço informando de que seriam transportados 282 corpos e outros 87 fragmentos.

Após uma longa negociação e pressão internacional, eles entregaram as duas caixas-pretas do Boeing, que serão analisadas por especialistas britânicos.

Segundo o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, as autoridades holandesas solicitaram que os arquivos sejam periciados em Farnborough, no condado de Hampshire.

Será o primeiro passo para uma "análise internacional" das caixas-pretas para tentar saber o que ocorreu com o avião, como demandou o Conselho de Segurança da ONU por meio de resolução aprovada nesta segunda, por unanimidade.

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