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Pânico

Tremor causa alerta de tsunami e moradores são retirados de ilhas

Turistas passam a madrugada na rua em Vina Del Mar: cidade foi uma das mais afetadas pelo terremoto | Martin Bernetti/AFP
Turistas passam a madrugada na rua em Vina Del Mar: cidade foi uma das mais afetadas pelo terremoto (Foto: Martin Bernetti/AFP)

O terremoto que abalou o Chile na madrugada de sábado causou alertas de tsunami em diversos pontos da costa do Pacífico. No Havaí, a Defesa Ci­­vil orientou a população a ficar longe das praias e usou ônibus para patrulhar a região e levar as pessoas para parques mais afastados. O processo de evacua­­ção estava previsto para durar cinco horas. As primeiras ilhas atingidas por ondas causadas pelo terremoto, na Polinésia Francesa, não sofreram danos.

De acordo com o aviso do Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico, a primeira onda era esperada no Havaí às 11h19 no horário local na cidade de Hilo (18h19 em Brasília). Sirenes seriam acionadas para marcar o início do processo de evacuação. Mesmo antes disso, nos postos de gasolina, motoristas aguardavam em longas filas por combustível.

"Ação urgente precisa ser tomada para proteger vidas e bens’’, disse o centro de alerta. Ilhas do Havaí poderiam receber ondas de até dois metros.

Outras regiões dos EUA também foram avisadas, como a Califórnia e o Alasca. Nestes ca­­sos, a expectativa era de que o impacto seria menor. Os EUA contataram o governo do Chile e ofereceram ajuda.

A Samoa e a Samoa Americana também iniciaram evacuações em regiões costeiras. Havia risco de que as costas asiática, australiana e da Nova Zelândia fossem atingidas, além de México, Peru, Equador, Colôm­bia, Costa Rica, Nicarágua, Hon­­duras, Panamá. Tremores no Pacífico já tiveram efeitos graves na Ásia no passado. Em 1960, um tsunami matou 140 pessoas no Japão, 61 no Havaí e 32 nas Filipinas após terremoto de 9,5 graus no Chile.

Locais atingidos

O jornal argentino Clarín, citando declaração da presidente chilena Michelle Bachelet, afirmou que a costa da ilha de Robinson Crusoé (660 km da costa chilena) foi atingida por uma onda de grandes proporções. No entanto, até o meio da tarde não havia registros de destruição significativa.

A Marinha chilena iniciou a evacuação de alguns setores da ilha de Páscoa, localizada a 3,5 mil km da costa do Chile no oceano Pacífico. "Ondas de grande altura podem chegar à ilha de Páscoa, e por isso estamos evacuando as pessoas das áreas mais baixas", explicou a presidente, que está no Escritório Nacional de Emergências (Onemi), centro de operações do governo em Santiago.

As ondas geradas pelo terremoto estavam se movendo por todo o Pacífico e poderiam atingir a costa do Japão, indicou o meteorologista Eric Lau, do Serviço Americano de Meteorologia.

"Vai parar quando atingir terra firme do outro lado do Pacífico, na Ásia. A onda se propagará por todo o corpo de água do Pacífico", completou.

Em Tóquio, Yasuo Sekita, diretor do serviço meteorológico, pediu à população "que se mantenha alerta". Se o tsunami chegar mesmo à costa japonesa, o fenômeno poderia ocorrer por volta de meio dia de hoje.

Além do Japão, Austrália, Filipinas e outros países asiáticos se mantinham ontem em estado de alerta de tsunami.

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