Três dissidentes cubanos, incluindo uma mulher, foram detidos neste domingo (20) na Praça da Revolução em Havana quando começaram a gritar frases contra o governo de Raul Castro no momento em que o papa Francisco se aproximava do local.

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Os ativistas foram presos por agentes infiltrados entre as pessoas que assistiam ao cortejo do papa, sem que o pontífice pudesse perceber o que estava acontecendo. Logo em seguida foi realizada a missa, sem contratempos.

Os detidos pertencem à UNPACU (União Petriótica de Cuba), um grupo opositor na ilha, segundo relato do líder desse movimento, José Daniel Ferrer, à agência de notícias AFP.

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“Eles foram à praça para denunciar a repressão”, disse Ferrer, que disse ter sido informado sobre a prisão de quatro dissidentes (dois homens e duas mulheres) e não três, conforme o relato do fotógrafo da AFP.

Segundo ele, um dos presos é Zaqueo Báez, que dirige a divisão “Félix Varela” da UNPACU. Além disso, ainda segundo Ferrer, os presos foram levados a um quartel no bairro El Cerro, próximo à Praça da Revolução, no centro de Havana.

Nos últimos anos, os dissidentes cubanos que são presos têm sido liberados pela polícia em poucas horas, apesar de no regime comunista estabelecido na ilha ser ilegal qualquer tipo de oposição ao governo.

Visita à ilha

Em visita a Cuba, o papa Francisco manteve um encontro particular com o ex-ditador Fidel Castro neste domingo, segundo o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi.

O encontro, que durou entre 30 e 40 minutos, aconteceu na casa do ex-ditador na presença de seus filhos e netos e da mulher de Fidel, Dalia Soto del Valle.

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Francisco visitou Fidel, 89, depois da missa que oficiou durante a manhã na Praça da Revolução de Havana, com a presença do ditador cubano, Raúl Castro, e da presidente da Argentina, Cristina Kirchner.

Na reunião, os dois abordaram alguns temas da atualidade internacional, como os danos ao meio ambiente. Durante a visita, Fidel presenteou o papa com o “Fidel e a religião”, do teólogo brasileiro Frei Betto.