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Crime organizado

Três em cada dez empresas do Equador foram vítimas de extorsão em 2023, aponta relatório

Processo de blindagem de carro em oficina em Quito: pesquisa mostrou como os empresários do Equador são atingidos pela atuação do crime organizado (Foto: EFE/José Jácome)

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A organização Observatório Equatoriano do Crime Organizado (Oeco) divulgou nesta semana um relatório que mostra como os empresários são atingidos pela atuação das quadrilhas no país.

Segundo o documento, em 2023, três em cada dez empresas do Equador foram vítimas de extorsão. Das que foram extorquidas, quatro em cada dez afirmaram que não reportaram o crime, “especialmente” porque não confiam nas instituições encarregadas de investigar o delito.

O Oeco também apontou que 75% das vítimas disseram que foram extorquidas mais de uma vez, principalmente por meio de telefonemas ou meios eletrônicos, “demonstrando o caráter sistemático do problema e o seu estado de evolução até se transformar em impostos criminais”.

O relatório indicou que 90% dos empresários do Equador consideram a extorsão como a maior ameaça para sua segurança.

O Equador vive nos últimos anos uma escalada da violência: a taxa anual de homicídios por 100 mil habitantes no país aumentou de 13,7 em 2021 para 45 no ano passado, segundo dados da Human Rights Watch (HRW).

Em referendo realizado em abril, a população equatoriana aprovou nove de 11 propostas de mudanças na legislação apresentadas pelo governo do presidente Daniel Noboa.

A maioria dos temas aprovados é relacionada à área de segurança, como o apoio das Forças Armadas à polícia na luta contra o crime organizado, a extradição de equatorianos que cometeram crimes em outros países e o aumento das penas para crimes como terrorismo e seu financiamento, tráfico de pessoas, entre outros.

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