Equipes do exército e aviões realizaram buscas nesta segunda-feira (30), no deserto da Mauritânia, por três voluntários espanhóis sequestrados por homens armados. O ministro do Interior da Espanha disse suspeitar que islamitas ligados à rede terrorista Al-Qaeda tenham sequestrado os espanhóis. Os três trabalhadores estavam num veículo no final de um comboio quando o ataque aconteceu no domingo (29), no país do oeste da África.
"Eu acredito que os outros escutaram o barulho de tiros e, quando pararam o comboio, viram que o veículo no final estava vazio", disse Julia Tabernejo, porta-voz do grupo de ajuda humanitária Barcelona Acción Solidária. "Os três não estavam mais no veículo." Ela identificou os trabalhadores desaparecidos como Alberto Villa, Roque Pascual e Alicia Gamez. Os dois homens são empresários e contam com idades ao redor de 50 anos, enquanto Alicia Gamez é uma funcionária do serviço público.
Um funcionário do ministro do Exterior da Espanha, que falou sob anonimato, disse que os trabalhadores foram sequestrados após dois dos 13 veículos se separarem do resto do comboio por razões desconhecidas. Um comunicado do ministério espanhol diz que as forças da Mauritânia estão agora acompanhando o resto do comboio a pedido da Espanha.
O ministro do Interior da Espanha, Alfredo Pérez Rubalcaba, disse temer que o sequestro tenha sido obra de extremistas. "Todos os sinais são que esse foi um sequestro", disse ele em Bruxelas quando entrou numa reunião com funcionários da União Europeia (UE). "Se esse foi o caso, como eu temo, tudo sugere que foi um sequestro feito pela Al-Qaeda no Norte da África Islâmica (AQMI, na iniciais em inglês). Não será o primeiro sequestro feito na região de trabalhadores europeus e norte-americanos.