Três explosões de bombas atingiram distritos movimentados de Mumbai durante o horário de pico na quarta-feira, matando ao menos 21 pessoas, no maior ataque militante na capital financeira da Índia desde os atentados de 2008 supostamente realizados por militantes do Paquistão.
A Índia tem se mantido apreensiva com a ameaça de ataques militantes, especialmente desde os atentados de novembro de 2008, que mataram 166 pessoas e aumentaram as tensões com o Paquistão, o arquirrival vizinho equipado com armas nucleares.
Ao menos 141 pessoas ficaram feridas na quarta-feira e, segundo informações iniciais, o número de mortos subiu para 21 nos "ataques terroristas" focados principalmente contra os centros de comércio de joias em Mumbai, afirmou em comunicado o Ministério do Interior.
Ninguém assumiu imediatamente a responsabilidade pelas explosões.
"Esse é outro ataque no coração da Índia, no coração de Mumbai. Iremos encarar o desafio, estamos muito mais preparados do que em 26 de novembro", disse Prithviraj Chavan, ministro-chefe de Estado, à emissora NDTV, referindo-se aos ataques de 2008.
O ministro do Interior, Palaniappan Chidambaram, também disse que "terroristas" eram os responsáveis pelos ataques.
"A explosão ocorreu por volta de 18h45 (10h15 no horário de Brasília) por uma diferença de minutos. Portanto, inferimos que foi um ataque coordenado por terroristas", disse Chidambaram a jornalistas.
Ao menos um carro e uma moto foram usados nos ataques coordenados, supostamente provocados por bombas caseiras, disseram autoridades.
"Essa tática está muito mais de acordo com aquelas usadas por grupos mais amadores como o mujahidin indiano que já atacou áreas urbanas movimentadas", disse em comunicado a Stratfor, uma entidade de pesquisa e análise.
Imagens na televisão mostraram ambulâncias transportando pessoas ensanguentadas em um dos locais de ataque. Outras imagens mostravam corpos entre os fragmentos de vidro e metal nas ruas.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou os ataques e ofereceu ajuda para levar os responsáveis à Justiça. O presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, e o primeiro-ministro, Syed Yousaf Raza Gilani, rapidamente condenaram as explosões de quarta-feira em um comunicado.
Mumbai tem sido, ao longo dos anos, alvo de diversos ataques, inclusive de uma série de explosões em 1993 que matou ao menos 260 pessoas na bolsa de valores e em outras áreas.
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