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Três homens confessaram o estupro coletivo e assassinato de duas adolescentes encontradas penduradas em uma árvore no Norte da Índia, informou a polícia neste domingo (01). O caso gerou forte comoção e reacendeu a discussão sobre a violência sexual no país.

Dois suspeitos foram presos na quarta-feira (28) e outro no sábado (31). Quando questionado pela polícia, os homens admitiram que haviam atacado as duas primas, de 14 e 15 anos, no estado de Uttar Pradesh, disse Atul Saxena, chefe da polícia de Budaun. Os homens, que são primos e têm cerca de 20 anos, enfrentam acusações de homicídio e estupro, crimes puníveis com a pena de morte.

Saxena disse que a polícia ainda procura dois outros suspeitos, com base nas descrições fornecidas pelos três homens presos. As autoridades também prenderam dois policiais e suspenderam outros dois por por se recusarem a registrar queixa de familiares sobre o desaparecimento das vítimas na noite de terça (27). Nessa semana, o governo federal deve assumir a investigação sobre o caso.

As meninas, de família pobre e da comunidade Dalit, uma classe inferior do sistema de castas hindu, moram na pequena aldeia de Katra, cerca de 300 quilômetros de Lucknow, a capital do estado. Sem banheiro em casa, elas desapareceram na noite de terça-feira (27) depois de entrar no campo para fazer as necessidades físicas. No dia seguinte, foram encontradas penduradas em uma árvore. Centenas de moradores ficaram no local em protesto, exigindo que a polícia saísse em busca dos criminosos, antes de remover os corpos.

A Índia tem uma longa história de tolerância com a violência sexual, mas o ataque contra as meninas causou indignação. As manifestações também foram um reflexo do estupro coletivo de uma mulher de 23 anos em dezembro de 2012, a bordo de um ônibus em Nova Délhi, que provocou protestos em todo o país e levou o governo federal a aumentar a pena para os criminosos. A nova legislação também torna crime a recusa dos oficiais de registrar queixas.

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