Glasgow Três médicos estão entre as oito pessoas detidas pela polícia na investigação do ataque contra o aeroporto de Glasgow, no sábado, e no plano para explodir dois carros no centro de Londres, descoberto na sexta-feira. Segundo uma fonte da polícia britânica, dois médicos já foram identificados: o iraquiano Bilal Abdulla, de 27 anos, e o jordaniano Mohammed Jamil Asha, de 26. O terceiro médico seria um indiano, mas a Scotland Yard ainda não confirmou a informação
Abdulla é um dos dois homens que ocupavam o Jeep Cherokee lançado em chamas contra o aeroporto de Glasgow. No ataque, o motorista, cujo nome ainda não foi divulgado, sofreu queimaduras graves e foi internado no Hospital Royal Alexandra, em Paisley, a poucos quilômetros de Glasgow. Uma funcionária do Royal Alexandra informou que Bilal trabalhou para o hospital. Não está claro ainda quando o médico, que se formou em 2004 em Bagdá, trabalhou no Royal Alexandra ou sua especialidade.
A CNN relevou que Bilal e o motorista podem ter sido as mesmas pessoas que estacionaram os dois mercedes cheios de gás propano, gasolina e pregos na sexta-feira, no centro de Londres. Ainda segundo a emissora, a polícia realizou duas explosões controladas no hospital, mas não deu mais informações. No domingo, a polícia explodiu um carro estacionado na frente do hospital. O veículo não continha explosivos mas estava ligado ao caso.
Asha e sua mulher foram presos no sábado, perto da cidade de Cheshire. O neurologista trabalha no hospital North Staffodshire em Stoke-on-Trent.
Em mais um dia de investigações intensas, a polícia prendeu mais três suspeitos de envolvimento nos dois incidentes. Dois homens, um de 28 anos e o outro de 25, foram detidos na noite de domingo em Paisley. O terceiro suspeito foi detido num local não divulgado pela polícia. Segundo a emissora britânica BBC, a prisão teria sido feito fora da Grã-Bretanha. Até a noite de ontem, 19 casas já haviam sido vasculhadas pela polícia.
A Grã-Bretanha continuou ontem em alerta de segurança "crítico", o mais alto de sua escala. Aeroportos do país estão com segurança reforçada. O acesso de carros aos terminais de passageiros foi restringido. No aeroporto de Stansted, o terceiro maior de Londres, um alarme falso fechou o local por mais de uma hora. A polícia informou que um homem foi detido em relação ao incidente.
A família de Asha qualificou a prisão de seu filho de um "erro" e negou que ele tenha vínculos com terrorismo "Somos uma família instruída e rejeitamos qualquer tipo de terrorismo", disse a mãe de Asha, Fawzieh, que vive em Amã. O casal tem um filho de 18 meses e estava com viagem marcada para a Jordânia.
Governo
Os atentados são um teste para o novo premie britânico, Gordon Brown, que na semana passada substituiu Tony Blair. Brown disse acreditar que os novo ataques foram feitos por terroristas ligados à Al-Qaeda.
A nova ministra do Interior, Jacqui Smith, afirmou que o Reino Unido enfrenta uma "séria ameaça terrorista" e pediu que a população fique em alerta. "Não vamos deixar este terrorismo nos intimidar", disse ela à rede de TV Sky News.
"Obviamente, precisamos acirrar as medidas de segurança, e precisamos que a população fique o mais vigilante possível".
Em julho de 2005, o Reino Unido tornou-se o primeiro país da Europa Ocidental a ser alvo de ataques suicidas, após uma série de atentados contra a rede de transportes londrina, que matou 52 pessoas.
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